O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) anunciou nesta sexta-feira que concorrerá ao Palácio do Planalto pelo Partido Social Liberal (PSL). Bolsonaro e o PSL divulgaram um termo de compromisso, assinado pelo deputado e pelo presidente do partido, Luciano Bivar, em que anunciam o entendimento. O documento, no entanto, não fala em “filiação” do presidenciável.

“É com muito orgulho que o PSL recebe o deputado Jair Bolsonaro e sua pré-candidatura a Presidência da República. Outrossim, é com muita honra que o deputado se sente abrigado pela legenda, e muito à vontade em um partido onde existe total comunhão de pensamentos”, diz o texto.

O comunicado ainda afirma que as prioridades tanto para Bivar quanto para Bolsonaro são “o pensamento econômico liberal, sem qualquer viés ideológico, assim como, o soberano direito a propriedade privada e a valorização das forças armadas e de segurança”. “Preservar as instituições” e “defender os valores e princípios éticos e morais da família brasileira” também são citados no termo, que anuncia a unificação dos objetivos do PSL e os “desejos de mudança” de Jair Bolsonaro.

Na Bahia Nelson Leal nega assumir comando do PSL e acha que entrada de Bolsonaro pode fortalecer sigla

Vice-presidente do PSL na Bahia, o deputado estadual Nelson Leal negou que deva assumir a presidência da sigla no estado com a ida do deputado Marcelo Nilo para o PSB. Em novembro do ano passado, o Bahia Notícias mostrou que articulações nos bastidores davam como certa a ascendência dele ao comando da legenda.

“Eu não estou me articulando para isso [assumir a presidência]. Na minha opinião, acho que quem deve assumir é Antônio Olívio (atual secretário-geral). Ele foi presidente do PSL por vários anos, tem boa relação com a executiva nacional. Eu apostaria nele”, disse, em entrevista o deputado estadual Nelson Leal, inclusive, não descartou sair da legenda e declarou que vai esperar a abertura da janela partidária para bater o martelo sobre seu destino político.

“Não tenho como sair agora. Eu fui eleito pelo PSL. Ainda não pensei nisso. Acho até que, quando você toma um posicionamento sobre mudança partidária, você também precisa consultar suas bases”, explicou. Rumores dão conta de que seu novo ninho político poderia ser o PSD, sigla do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel, com quem Leal guarda relação de proximidade.

Questionado sobre se a saída de Nilo enfraquece o partido, já que o partido fica apenas com dois deputados – o próprio Leal e Reinaldo Braga -, o parlamentar afirmou que qualquer avaliação é “prematura”. Inclusive, para ele, a entrada de Jair Bolsonaro pode vitaminar o PSL na Bahia.

“É uma estrutura nova que se cria. A nível nacional, o partido cresce. A nível de Bahia, precisamos ver quem vai ficar no PSL, quem vem”, ponderou. Também indagado sobre o que achava do novo correligionário, Leal se esquivou. “Não tenho que julgar ninguém e nem posso aprovar ninguém”, tergiversou.