Durante a missa em comemoração aos 90 anos de nascimento do senador Antônio Carlos Magalhães, o neto dele, o prefeito ACM Neto, falou com a reportagem do BNews. Para o demista, a homenagem é um momento de relembrar o avô e o homem público “que fez muito pela Bahia”.

“Uma relação familiar, de uma convivência com um avô que queira muito bem aos seus netos, que tinha sim algo muito diferente para passar pra gente. Por outro lado, um homem público, um político que tanto fez pela Bahia, que me inspirou, é claro, na minha vida pública. Então, o 4 de setembro era um dia que ele gostava de reunir os seus amigos, de reunir sua família.

ACM era isso. Ele celebrava muito a vida. E foi exatamente por isso que a família decidiu fazer esta homenagem quando ele faria 90 anos de vida. É um momento de recordar o avô, de relembrar os laços tão carinhosos da família, mas também é o momento de lembrar o homem público que tanto fez pela Bahia, pelos baianos e cuja marca ainda está muito forte na vida das pessoas da nossa terra. Aqui, inclusive, no Centro Histórico, no Pelourinho, é um lugar que tem toda marca de um trabalho e legado de ACM”, afirmou.

A missa acontece na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. A cerimônia é promovida pelo Instituto ACM junto com familiares, amigos e parceiros que acompanharam a trajetória do senador. Quem abriu a celebração foi o grupo Filhos de Gandhy. Na ocasião, eles vão descer o Largo do Pelourinho em direção à igreja, cantando músicas com as batidas do agogô. A missa também contará com a participação dos cantores Tatau e Márcia Shor, além do Coral Ecumênico da Bahia.

Antonio Carlos Peixoto de Magalhães nasceu em Salvador, em 4 de setembro de 1927, e ingressou na carreira política em 1954, quando elegeu-se deputado estadual na Bahia. Entre os cargos públicos que assumiu estão o de deputado federal por três mandatos consecutivos a partir de 1958 e o de prefeito de Salvador, em 1967.
ACM assumiu também o governo do estado em três ocasiões. A primeira vez em 1971 e novamente entre os anos de 1979 e 1983, e de 1991 a 1994, após ter ganhado no primeiro turno. Em 1994, foi eleito senador, e chegou a presidir o Casa entre 1997 a 2001, voltando ao cargo em 2002, após eleição.

Ainda na esfera federal, o político foi convidado por José Sarney, em 1985, para ser ministro das Comunicações, cargo que exerceu até 1990. O senador faleceu no dia 20 de julho de 2007, aos 80 anos.