A partir do princípio de utilizar de forma integral as fontes vegetais, evitando o desperdício e, sobretudo, maximizando a quantidade de nutrientes consumidos na alimentação diária, os estudantes do curso técnico em Alimento, do Centro Técnico de Educação profissional (Cetep) Médio Rio de Contas e no município de Ipiaú, no Sudoeste baiano, se debruçaram em pesquisas em torno da abóbora e descobriram na semente do legume uma rica fonte nutricional. Elaboraram assim o AboShake, que é feito com o acréscimo de farinha de aveia, linhaça, colágeno hidrolisado e açúcar mascavo.

Nas suas pesquisas, até chegar ao produto final, os estudantes contam que se impressionaram com as propriedades da semente de abóbora, que é rica em vitaminas, minerais e fibras. A aluna Jarede Vieira destaca algumas delas: “A semente de abóbora é riquíssima em nutrientes e jogá-la fora é um desperdício, já que é um antidepressivo natural (L-triptofano); favorece a produção dos hormônios do sono (serotonina), ajudando nos problemas de insônia e ansiedade; combate parasitas intestinais e contribui no tratamento da Síndrome do Intestino Irritado, além de ser altamente recomendada para pessoas com osteoporose e artrite, porque é uma fonte rica em zinco, e ajuda a reduzir os níveis altos de colesterol ruim”.

Com o acréscimo de outros ingredientes, o AboShake ganhou mais valor nutricional, como explica o estudante Fernando Oliveira: “A farinha de aveia é um cereal rico em fibras e prolonga o efeito da saciedade; o açúcar mascavo é mais saudável porque é tratado com menos química, mantendo as vitaminas e os sais minerais da cana-de-açúcar; o colágeno hidrolisado exerce a função de manter as células unidas e é o principal componente proteico de órgãos e tecidos, como a pele, cartilagens e ossos. Portanto, criamos um alimento alternativo de sabor apreciável, saudável e rico em nutrientes, feito de um vegetal facilmente encontrado na região e de baixo custo”, detalha.