Os prefeitos do Consórcio do Vale do Paramirim estiveram reunidos na tarde de terça-feira com o governador Rui Costa e os secretários do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, da Casa Civil, Bruno Dauster, de Relações Institucionais, Josias Gomes, e o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, para debater a construção da Adutora do Zabumbão. A obra já foi licitada e tem o objetivo de abastecer as cidades de Paramirim, Caturama, Rio do Pires, Macaúbas, Ibipitanga e Boquira, além de sete localidades da região de Ibitiara e Ibipitanga.

Também estiveram presentes à reunião os prefeitos Zezinho Pereira (PSB) de Macaúbas, João Paulo (PT) de Érico Cardoso, Ney (PMDB) de Rio do Pires, Marcos Túlio (PMDB) de Boquira, Ferrugem (PSD) de Oliveira dos Brejinhos, Dr. Júlio Bernardo (PSD) de Paramirim e Otaviano Filho (Tavim, do DEM) de Botuporã.

O prefeito Dr. Júlio, bem como a população de Paramirim, tem se manifestado de maneira contrária à obra, argumentando que ela irá causar danos ambientais ao município, além do risco eminente de desabastecimento em massa, no caso de secas prolongadas. O Gestor apresentou ainda documento que contém alternativas viáveis para a construção de barragens e outros sistemas, sem a necessidade de se levar a diante as obras da adutora do Zabumbão, que atualmente já abastece as cidades de Paramirim, Caturama, Botuporã e Tanque Novo.

Por sua vez, o presidente do Consórcio do Vale do Paramirim e prefeito de Ibipitanga, Humberto Rodrigues (Beto, do PT), disse que a obra é imprescindível para assegurar o abastecimento das cidades da região. “Sem essa adutora, nós, prefeitos do Vale do Paramirim não teremos condições de garantir a segurança hídrica da nossa população em um futuro breve, porque nossa região está sujeita a longos períodos de estiagem. A água do Zabumbão pertence à União e tem que estar a serviço das pessoas e não a serviço de um sistema de irrigação por alagamento, inundação, coisa arcaica, que desperdiça milhões de metros nos regos, cujo aproveitamento na lavoura é mínimo”, defendeu.

Segundo Beto, o projeto do governador é viável, pois irá interligar outras barragens como a do Rio da Caixa em Rio do Pires e a do Rio remédios, dando segurança ao Zabumbão. Disse que a reunião serviu para debater esses temas com técnicos, que agora irão analisar e dar segmento nas negociações com o governo, que continua disposto, com dinheiro em conta, para realizar a referida obra.  Aguardando também posicionamento da Agência Nacional das Águas (ANA) sobre a obra e também para que todos os questionamentos sejam esclarecidos junto aos prefeitos, ao Ministério Público Estadual e à população.