FOTO: Li Moreno

Acontece em Paramirim, um grande ato (mobilização) pela paz, contra a violência, contra o crime bárbaro, praticado premeditadamente, com requintes de extrema crueldade. Moradores indignados clamam por justiça breve e rigor nas punições aos autores.

O fato que motivou tal manifestação de repúdio, ocorreu quando o casal Tonivaldo de Oliveira Lima, o Bil, de 38 anos, e Lucilene Souza Oliveira, 35, assassinaram a facadas Maria Aparecida Santos Caires, 30, com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal.

FOTO: Li Moreno

Os acusados foram presos na segunda-feira (15), por equipes da Delegacia Territorial (DT), de Paramirim, Polícia Militar e Guarda Municipal. Bil e Lucilene foram localizados pela polícia em Morro Velho, no município de Botuporã.

O crime ocorreu no dia 14 de maio por volta das 21h30, nas imediações do Aeroporto de Paramirim. Segundo Bil, que mantinha relacionamentos paralelos com as duas mulheres, Maria foi morta porque ele passou a ter ciúmes dela, depois de desconfiar que a vítima mantinha um relacionando com outro homem.

A delegada Maria Helena Tenório Teixeira, titular da DT/Paramirim, autuou Tonivaldo e Lucilene por homicídio qualificado. O casal está custodiado na unidade policial, à disposição da Justiça.

Diante de tamanha crueldade, moradores se organizaram e foram às ruas na manhã desse domingo (21), saindo em caminhada, no percurso entre a feira-livre e a delegacia local. "Paramirim não poderia se calar! Avante!  Gente de bem cobrando seus direitos à segurança! Punição já aos monstros que praticaram tais atos. Somos todas Marias" são algumas das faixas de protestos.

Vítima não teve nenhuma chance de defesa

“Chamar um feminicídio de crime passional é ignorar os aspectos culturais que induzem homens a acharem que mulheres são propriedade deles e assumir que paixão/amor são capazes de fazer pessoas agirem com tamanha violência. Sendo que não é o amor, paixão ou desejo que motivam essa violência e sim as relações de poder e a naturalização de relacionamentos abusivos, tratados como românticos. ”Declarou um dos juristas que acompanha o desenrolar do caso.