Foto: Divulgação
Artistas da música regional se reuniram na Assembleia Legislativa da Bahia na tarde desta terça-feira (05), para discutir um projeto de lei que regulamentará cotas para a participação de artistas baianos nas festas juninas. O presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), recebeu Zelito Miranda, Del Feliz, Bruninho do Acordeon e outros nomes da música baiana. “A maior festa da Bahia não é o Carnaval, que ocorre só em Salvador, é o São João, que acontece nos 417 municípios. Esse é um projeto muito importante, pois precisamos priorizar as bandas do interior e da capital”, enfatizou Nilo. O objetivo é destinar parte da verba das Secretarias de Cultura e Turismo para a contratação dos artistas para as festas juninas.
A proposta foi enviada para o deputado pelos forrozeiros com a justificativa de que as festas do chamado circuito junino, que vai da festa de Santo Antônio, em 13 de junho, até a festa de São Pedro, no dia 29, perderam as características regionais e deixaram de ser fator principal na movimentação econômica da indústria musical do forró baiano. Procurado pelo Bahia Notícias, o cantor de forró Del Feliz contou que a proposta vai muito além do que chama de “bairrismo”.
“Existe uma distorção muito grande relacionada à alegria do São João do Nordeste e o que os artistas de outros lugares trazem. Há uma relação muito grande do São João com o forró, a alegria, as brincadeiras, fogos, barracas, comida típica. É uma questão cultural mesmo, o próprio turista vem da Europa, Estados Unidos para cá para assistir o São João e acaba não vendo o forró tocar”, desabafou.
O cantor destacou também que a medida não é a que mais lhe agrada, mas que não vê outra opção. “Todo processo de inclusão que envolve cota demonstra que há algo muito errado. Lamentavelmente temos que correr atrás disso. Os forrozeiros estão sendo preteridos, os grupos de forró mesmo, que tocam em quadrilha, sanfona e trio acabam ficando fora das festas porque o orçamento acaba com os artistas de fora”, enfatizou.
“Existe uma distorção muito grande relacionada à alegria do São João do Nordeste e o que os artistas de outros lugares trazem. Há uma relação muito grande do São João com o forró, a alegria, as brincadeiras, fogos, barracas, comida típica. É uma questão cultural mesmo, o próprio turista vem da Europa, Estados Unidos para cá para assistir o São João e acaba não vendo o forró tocar”, desabafou.
O cantor destacou também que a medida não é a que mais lhe agrada, mas que não vê outra opção. “Todo processo de inclusão que envolve cota demonstra que há algo muito errado. Lamentavelmente temos que correr atrás disso. Os forrozeiros estão sendo preteridos, os grupos de forró mesmo, que tocam em quadrilha, sanfona e trio acabam ficando fora das festas porque o orçamento acaba com os artistas de fora”, enfatizou.
Na carta enviada pelos artistas para o presidente da Assembleia, três pontos ganham destaque. O primeiro deles é a solicitação de que em cada 10 artistas contratados, sete sejam da Bahia – “bandas fincadas no estado e que contribuam cultural e economicamente com a terra”. Outro quesito é financeiro. “Em cada R$ 100 mil gastos com atrações, 70% devem ser destinados para os forrozeiros baianos, mantendo um equilíbrio de mercado”, diz o texto.
O último pedido, também relacionado aos custos das festas, quer que exista um “limite” nos cachês pagos aos artistas. “Limitar os valores que os órgãos públicos podem gastar com uma atração, pois é onde reside o grande desequilíbrio”, destacam. Para os forrozeiros, R$ 320 mil deve ser o valor máximo para pagamento de um artista. “Com essa normalização evitaremos o pagamento de cachês astronômicos, desestruturando as contas das prefeituras e órgãos públicos, ao mesmo tempo em que evitaremos a evasão de divisas do estado, com bandas artistas sem nenhum comprometimento com nossa cultura e nossos impostos”, finalizam no texto.
O último pedido, também relacionado aos custos das festas, quer que exista um “limite” nos cachês pagos aos artistas. “Limitar os valores que os órgãos públicos podem gastar com uma atração, pois é onde reside o grande desequilíbrio”, destacam. Para os forrozeiros, R$ 320 mil deve ser o valor máximo para pagamento de um artista. “Com essa normalização evitaremos o pagamento de cachês astronômicos, desestruturando as contas das prefeituras e órgãos públicos, ao mesmo tempo em que evitaremos a evasão de divisas do estado, com bandas artistas sem nenhum comprometimento com nossa cultura e nossos impostos”, finalizam no texto.
O projeto de cotas foi discutido em parceria com líderes da oposição e do governo, Sandro Régis (DEM) e Zé Neto (PT), que apoiam o ato e a valorização da cultura local. “A ideia é fazer algo idêntico a Pernambuco, que destina 70% da verba destinada aos festejos juninos para os artistas locais e 30% para os artistas de outros estados”, explicou Nilo, que deu um prazo de vinte dias para que o projeto seja apresentado para votação.
por Aymée Francine – Bahia notícias