O leitor acompanhará a seguir, uma entrevista exclusiva com o prefeito de Paramirim, Dr. Júlio Bernardo, que foi sabatinado pelo jornalista Samuel Lima, sobre questões que envolvem a polêmica adutora do Zabumbão. O gestor fala ainda sobre a atual crise fianaceira e política do país, os reflexos nas prefeituras, enumera obras em execução nesse período administrativo, comenta a inauguração da Praça da Matriz e realização dos festejos do padroeiro Santo Antônio.
O Eco – Com a sua experiência acumulada, qual a sua visão, sobre a atual crise financeira e política que o Brasil, a Bahia e os municípios atravessam?
Dr. Júlio – Gostaria inicialmente de cumprimentar a você e a toda equipe do grupo Eco, também a audiência da TV OECO, que nesse momento nos dá a oportunidade de falar para toda a população, inclusive aqueles que estão distante da terra.
O fato, é que o cenário é terrível, vocês assistem o que a imprensa tem mostrado, as dificuldades, não é um ano fácil, a atual crise é mais complicada para nós, que moramos em uma região empobrecida, sofrida, castigada pela seca, enfrentamos talvez, as maiores dificuldades. A situação está tão crítica que hoje parece que os problemas chegaram para todo mundo, até no Sudeste do Brasil, onde se tinha uma vida de qualidade, bem diferente da nossa realidade, já se vê através da televisão, o sofrimento, principalmente quanto à questão da crise hídrica, enfim, momento difícil, mas, diante das dificuldades, temos mantido os pés no chão, cabeça no lugar e experiência para poder tocar as coisas com responsabilidade.
O Eco – Apesar das enormes dificuldades, que atravessam os gestores nos dias atuais, existindo inclusive prefeituras literalmente quebradas, sem dinheiro para o básico, como você descreve o seu desempenho, as conquistas e a condição equilibrada de Paramirim?
Dr. Júlio -Diante das dificuldades, Paramirim é quem talvez esteja em situação menos perigosa, pelo volume de recursos que conseguimos, as emendas parlamentares em Brasília, que trouxemos pra cá através dos nossos representantes, tem feito a diferença, conseguimos obras importantíssimas. Veja que, apesar de toda crise, Paramirim continua um canteiro de obras. Nesse momento, fomos interrompidos por um carro de som volante que anuncia 26 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica, em três bairros da cidade: Mãe Isabel, Alto da Santa Cruz e Recreio. Milhares de pessoas serão beneficiadas, são recursos que veem para o município, aqui aplicaremos, são grandes obras conquistadas, cerca de dois milhões e trezentos e cinquenta mil reais. A Praça Santo Antônio que entregaremos à população, se Deus quiser, no dia 1º de junho, é também um grande investimento, que trás divisas, que emprega gente, a revitalização da Praça Santo Antônio, se fazia necessária desde que tiramos a feira-livre há alguns anos, lá para o extremo da cidade, deixamos a Praça um tanto quanto vazia, principalmente no sentido cultural, os equipamentos públicos foram envelhecendo e ficando obsoletos, no entanto, agora temos a oportunidade de devolver a praça revitalizada à população. Diante desse cenário todo, estamos conseguindo fazer a diferença, manter o funcionalismo em dia, o comércio em dia. É lógico que, tudo isso é resultado de uma prática constante, de austeridade.
O Eco – Aconteceu recentemente uma manifestação, sadia, legítima, contrária à adutora do Zabumbão. Porém, oportunistas, incentivaram a discórdia, com objetivos políticos. Sabemos que a gestão das águas pertence à União, mas, foram espalhados diversos boatos de que o Senhor teria assinado autorização, dando o seu consentimento para a construção da adutora e que teria dito que não tinha mais nada a fazer por Paramirim, o que o senhor tem a dizer sobre isso?
Dr. Júlio -Primeiro, o Governo não precisa de autorização municipal para construir uma adutora dessas, a única coisa que ele busca junto aos proprietários de terra e ao município, é a permissão para que se utilize o subsolo ou o próprio solo, para passar a tubulação, mesmo isso, eu não assinei e nem assinaria, por discordar da obra, é a minha posição, sempre muito clara. Embora o Governo possa ir à instância judicial e conseguir, mas, do meu punho nunca assinei, não existe documento nenhum, isso é pura boataria, espero nunca ser procurado para essa finalidade, acho que iremos vencer essa luta, essa batalha, fazendo ver as instâncias superiores, ao Governo do Estado, que existem outras opções importantes, definitivas, que resolverá o problema de falta de água dos municípios, sem precisar utilizar as águas do Zabumbão.
Quanto à frase que eu disse e está gravada, foi porque cheguei em um ambiente para uma audiência pública, onde achei que iríamos tratar de coisas seríssimas, como tratamos, porém, houve por parte de alguns, manifestação que desvirtuaram o momento para outras finalidades, talvez pessoais, não sei de que natureza, e isso perturbou em muito a audiência pública. Podia-se ter aproveitado mais, ter-se discutido mais, lá havia pessoas de todas as facções, de todas as bandeiras, capazes de discutir, os municípios vizinhos presentes, enfim, era um momento importante e que de certa forma, alguns, não foram todos, não entenderam dessa forma. Quando eu comecei a falar, percebi que existia uma manifestação no sentido de tentar avacalhar aquele momento, eu disse que diante da minha história, do que represento para Paramirim, não preciso provar nada, quem me conhece sabe. Eu tenho muito por fazer por Paramirim, estou fazendo, se Deus me der vida e saúde, continuarei a fazer, seja como cidadão comum, ou como autoridade, seja qual for a minha posição a minha atuação, é em prol do meu município e tudo o que eu tenho de bom no meu coração, na minha alma é para minha terra.
O Eco – Então, de forma nenhuma, procede essa informação que as pessoas estão disseminando para aqueles que não tiveram acesso ao seu discurso, de que Dr. Júlio não teria mais nada a fazer pelo município de Paramirim?
Dr. Júlio – Não, jamais, a minha administração é um canteiro de obras, está aí a Praça Santo Antônio para entregar dia 1º de junho, agora mesmo, anunciamos a pavimentação asfáltica de 26 mil metros quadrados em três bairros da sede, já abrimos edital de licitação para a pavimentação de quatro ruas no bairro localizado no fundo da Delegacia de Polícia, já estamos autorizados pela Caixa Econômica, para abrirmos a licitação da Praça Padre Pedro, vamos licitar também uma quadra poliesportiva no Bairro Mãe Isabel, outra quadra Poliesportiva em Canabravinha, através da Caixa Econômica. Estamos construindo em Salinas do Fundão um colégio, obra de mais de um milhão de reais, a secretaria de obras, já está autorizada a fazer a roçada das estradas, estamos trabalhando na recuperação das estradas vicinais, estamos lutando para melhorar a qualidade da saúde em Paramirim, que por sinal, já é boa, mas, precisa melhorar. Os municípios vizinhos sabem o valor do que temos em Paramirim na área de saúde, com dois hospitais que funcionam em sua plenitude, com um volume elevado de cirurgias, atendendo toda região. Estamos agora, nesse momento, buscando trazer para Paramirim, o atendimento ambulatorial mais especialidades, um programa do Governo do estado, que são as Policlínicas e que pretendemos sediar uma aqui no município. Então, tenho muito para fazer, vamos continuar fazendo, contrariando as vontades de algumas pessoas. Pois, existe aquele pensamento contrário, do quanto pior, melhor. Mas, esse gosto, não dei, não dou e não darei nunca, à aqueles que querem derrotar Paramirim. Eu só quero o bem e o progresso, trabalho para o sucesso da nossa terra.
O Eco – Foi criada recentemente a ONG (AMA SERTÃO), voltada exatamente para o fortalecimento da luta em defesa do meio ambiente e revitalização de todo o Vale do Paramirim. O senhor acredita ser possível a revitalização dos afluentes, a construção das novas barragens, para que haja alternativas sem a necessidade da construção da adutora, dando fim a esse dilema?
Dr. Júlio – A revitalização dos rios, precisa ser feita urgentemente, bem como, a recuperação da mata ciliar e a limpeza da calha do rio. Quanto ao esgotamento sanitário de Érico Cardoso, que lança esgoto bruto no Rio Paramirim e chega até a Barragem, é preciso que o Governo Federal com o empenho do Governo do Estado, conclua as obras de esgotamento sanitário, que não foram concluídas, Paramirim, por exemplo, ainda falta trinta por cento de obras a serem conclusas, para uso comum da população. Caturama, Tanque Novo, Botuporã, passam pela mesma situação, então, isso precisa ser resolvido. Esse assunto já foi dialogado tecnicamente, exaustivamente.
A adutora do Zabumbão, não é a solução para os municípios nos quais se deseja melhorar a oferta de água, pois, não tem mais condições de fornecer água além do que já está compromissada, abastecendo Paramirim, Caturama, Botuporã e Tanque Novo. As soluções são muito práticas, e o próprio governo já as absolveu na realidade, quando ele admite que vai construir a Barragem do Rio da Caixa em Rio do Pires, que representa vinte quatro milhões de metros cúbicos, e é essa a vontade da população de lá, que se tenha uma solução própria, definitiva, ao invés de se dividir água, vai-se criar mais água. Em Ibipitanga, o prefeito me confessou, que lá existem duas barragens e que, se elevar um pouco as cristas das barragens, obras relativamente baratas, de realização rápida, simples, de aproximadamente quatro meses de duração, já dá a garantia de água em Ibipitanga. Aliada a isso, a construção da Barragem do Rio dos Remédios, na divisa de Ibipitanga, daria uma barragem com aproximadamente quinze milhões de metros cúbicos de armazenamento.
Em Macaúbas, a população pede a construção da Barragem do Rio Santo Onofre, que é mais uma grande oferta de água. Em Boquira, no Riacho São Marcos, também poderá ser construída uma barragem que armazenaria, cerca de 24 milhões de metros cúbicos de água. Então, estão aí as soluções, a um custo muito inferior ao custo da adutora do Zabumbão, obra avalida em cento e sessenta milhões de reais.
O Eco – O senhor esteve com o Senador Otto Alencar, nessa conversa o senhor teve a oportunidade de levar essas alternativas?
Dr. Júlio – Estive sexta-feira, em audiência com o Senador Otto Alencar, que colocou todo o seu mandato à disposição dessa luta. Ele é membro e presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senado, sobrevoou o Rio Paramirim e está altamente preocupado com a situação do São Francisco. Ele defende exatamente tudo isso que eu coloquei aqui, a imediata revitalização do rio, para que se possa garantir água, não se tem água, quando não se tem árvores para puxar água para os lençóis. Essa é a grande defesa do Senador que se colocou à disposição e se incumbiu de ser mais um interlocutor, junto ao Governador e deve me dar um retorno ainda essa semana, sua posição é defender a preservação do Zabumbão e a construção das barragens para os municípios que precisam e que tem condições de bacia para a realização de tais obras.
O Eco – O Jornal O Eco, eu, como representante da imprensa regional, gostaria que o senhor esclarecesse de uma vez por todas, um assunto que gerou muita polêmica, com relação ao seu posicionamento sobre a construção da adutora. Muitos boatos foram espalhados e vários questionamentos foram levantados, sobre a sua real opinião, se a favor ou contra a construção da adutora.
Dr. Júlio – Desde maio de 2010, quando o Governador Wagner, anunciou em Boquira e eu estava presente, que iria realizar um projeto para a construção dessa adutora, eu estava no palanque, assim como outros políticos de Paramirim e da região, o governador disse e isso deve estar gravado, que se preciso fosse, viria a Paramirim, conversar com a população. No final do ano, depois de reeleito, ele me convidou para participar de um evento, uma visita a Magnesita na vizinha cidade de Brumado, na oportunidade, eu disse estar preocupado com a situação e que a população de Paramirim já estava apreensiva, cobrei dele sobre os canais de comunicação com a população de Paramirim, para esclarecer o projeto, dialogar, ver os pros e os contras, tendo ele prometido um contato, através do Secretário Cícero Monteiro, para agendarmos uma reunião de esclarecimento, diálogo e discussão sobre o assunto. Daí em diante, o Secretário não me ligou, passados alguns dias, ou meses, eu o procurei, conversamos, e ele me informou que chegaria esse momento. No ano passado, quatro anos depois, fui chamado à Casa Civil, para ser comunicado de que estavam dando andamento ao projeto, e que desejavam montar uma equipe de trabalho aqui em Paramirim, para discutir toda situação hídrica, a irrigação, modificar o sistema, eletrificar o barranco do rio, tudo isso foi discutido. O que ocorre é que o processo do ano passado se paralisou, acredito que por isso as reuniões não aconteceram, e agora, início de março, foi que a Casa Civil novamente me chamou, conversamos até por telefone, e eu disse que teriam que trazer a Paramirim a equipe técnica do Governo, para discutir com a população todas as questões ligadas a essa obra, ficando assim acordado com o Secretário da Casa Civil e com Josias Gomes, Secretário de Relações Institucionais do Governo, que firmaram o compromisso de virem a Paramirim antes de qualquer coisa, tinha-se que discutir com a população. Aconteceu que, para a minha surpresa, isso não ocorreu. Posteriormente, fui chamado à Governadoria e compareci, não sabia nem do que se tratava, não me deram a pauta, chegando lá a questão foi a construção da adutora e eu me posicionei contrário, no momento em que fui informado, estavam presentes, o Secretário de Desenvolvimento Rural, O Secretário da Casa Civil, José Olinto, que foi diretor da CODEVASF na época em que se construiu a Barragem, ele ainda expôs tecnicamente todas as dificuldades desse projeto. Nessa oportunidade, eu disse ao Governador que com a construção das barragens, não necessitavam da adutora. Quanto a questão de Macaúbas, eu não tinha conhecimento que o povo pedia água, e ele disse que, se lá não estivesse precisando de água, como teria ele conseguido dinheiro emprestado para realizar essa obra? Todos os pontos foram discutidos, porém, eu não preciso dar ordem ao Governador, porque ele tem muito mais autonomia sobre isso do que eu. Eu estou sempre em defesa do município de Paramirim. Disse ao Governador que o que se tinha acertado com o Secretário Josias Gomes é que deveriam vir a Paramirim discutir com a população, inclusive com os irrigantes.
Participei de várias reuniões, inclusive, João Ricardo, que é representante da OAB, Dr. Jurandir, Joel da EBDA, o presidente do Comitê de Bacias Anselmo, a Câmara de Vereadores, todos esses segmentos também se preocupam com essa questão, participaram de algumas dessas reuniões com os irrigantes e são testemunhas da minha preocupação, o que nós estávamos esperando, era exatamente a reunião do Governo, e nesse momento não houve. Então, voltei à Paramirim e dei conhecimento público da situação que me passaram, e que já haviam decidido, deixando patente a minha posição, favorável à construção de barragens para a solução própria a cada município. Não à adutora da Barragem do Zabumbão, de jeito nenhum! Essa é a minha posição.
Eu disse no meu pronunciamento na ocasião da Audiência Pública, que na minha condição de Prefeito, não posso ir pra rua bater lata, gritar e levantar esse tipo de questionamento, porque o meu diálogo com o Governo, se pauta de uma forma diferente, é institucional, e não se pode perder de vista o respeito pelas pessoas, se o Governador está com um projeto que prejudica o município de Paramirim, eu sou contra, defendo até numa estância judiciária, se necessário for, estou pronto pra isso, talvez, se não estivesse sentado na cadeira de Prefeito, estaria nas ruas levantando bandeiras, porque esse sempre foi o meu comportamento durante a vida inteira, desde a época de estudante. Você Samuel, foi contemporâneo em parte, e via o meu comportamento quando estudante. Aqui em Paramirim, criava dificuldades até com a administração local, levantando bandeiras sociais. A grande questão da construção dessa adutora foi porque queimaram etapas, e agora tentam fazer tudo nesse momento.
Anselmo Caíres, na condição de Presidente do Comitê de Bacias do Rio Paramirim e Santo Onofre, esteve em Salvador essa semana em audiência com o Secretário do Meio Ambiente e segundo ele, o Secretário disse textualmente, que esse projeto está suspenso, que vai fazer um estudo de bacia para exatamente ver a potencialidade dessas questões hídricas da região.
O Eco – Para encerrar esse assunto, gostaria que o senhor resumisse a sua opinião sobre o que irá acontecer depois da sua conversa com o Senador Otto Alencar, o Governador poderá repensar sobre a construção da adutora, o que a população pode aguardar?
Dr. Júlio – Sem sombra de dúvida, estamos reforçando o time, o Senador entra nesse momento em defesa da Barragem do Zabumbão, também defendendo soluções para as outras cidades que precisam de água.
O Governador marcou uma reunião com todos os Secretários de Governo, com os prefeitos, fui convidado e estarei lá, se Deus quiser, para discutir essa questão, aproveitando o momento, fiz um documento ao Governo, esse documento coloca em definitivo a minha posição em relação à questão. Sou contrário a construção da adutora e ao mesmo tempo apresentamos soluções para as demandas de águas nos outros municípios. Esse sim é o único documento que fiz e assinei, contra a adutora, mas, favorável que o Governo do Estado construa a barragem do Rio da Caixa em Rio do Pires, a Barragem do Rio Remédios em Ibipitanga, que se eleve a crista das duas barragens lá existentes, que se construa a barragem do Rio Santo Onofre em Macaúbas e a barragem do Riacho São Marcos em Boquira. Portanto, com a construção dessas barragens não haverá mais a necessidade da construção da adutora.
A batalha agora é pela revitalização, pela modernização do sistema de irrigação do Vale do Paramirim, eletrificação do barranco do rio, um projeto que ficou pronto o ano passado, não é caro, cerca de três milhões de reais, pela abertura de linhas de créditos junto às instituições financeiras, para que o produtor tenha acesso ao crédito e mude o seu sistema de irrigação, que o Governo banque os pequenos sistemas, para os proprietários que tenham a agricultura familiar. Essa é a nossa proposta.
Você Samuel, tem sido um defensor do meio ambiente, um dos maiores que eu tenho notícia e vejo, quero lhe dizer que nesse documento me comprometo, a começar a revitalização, através das matas ciliares, não digo a limpeza do leito, porque não temos condições para isso, mas, o reflorestamento envolvendo toda a comunidade, os proprietários em toda extensão do nosso município. Essa seria uma missão do Governo do Estado ou do Governo Federal, no entanto, estou me comprometendo a fazer isso justamente para dar o exemplo e mostrar a minha boa vontade em querer que as coisas sejam feitas da maneira correta.
O Eco – Estamos nos aproximando dos festejos juninos e com eles, a população aguarda a inauguração da nova Praça da Matriz. O que você pode adiantar sobre a festa de Santo Antônio e a Inauguração?
Dr. Júlio – Essa praça começou lá atrás, eu tive que transferir a feira-livre de local. Só que no ponto destinado, havia uma pista de pouso de aeronaves, consequentemente eu teria que transferir o aeroporto da cidade, no local escolhido para esse fim funcionava um lixão às margens da BA 156, implantado há décadas e conseguimos remover o lixão, levando-o para uma região inóspita.
Após tudo isso, entregamos agora a revitalização da Praça Santo Antônio. Busquei recursos junto ao Governo Federal, sou grato aos parlamentares que conseguiram alocar para Paramirim um milhão de reias para a realização dessa obra, comecei a obra no dia 16 de junho do ano passado, conforme prometido, e se Deus quiser dia 1º de junho, convido a todos os paramirinhenses, para que aproveitem a oportunidade, visitem sua terra, venham nos dar a honra desse momento bonito. Faremos a entrega da Praça com muita honra, pretendo combinar com o Monsenhor Santos, para que após a missa, seja feita a benção da Praça e a partir dali entregá-la à População.
Quanto aos festejos de Santo Antônio, estamos buscando parceria junto ao Governo do Estado, através da BahiaTursa. Pretendemos fazer uma comemoração maior, nos dias 10, 11 e 12 de junho, sendo que, nos dias anteriores, contaremos com a mesma estrutura, porém, com atividades e atrações locais. Estamos buscando organizar uma festa decente, porém, não poderíamos ignorar a situação delicada, a crise que os municípios enfrentam. Faremos uma festa enxuta e coerente com a realidade.
O Eco – Deixe a sua mensagem ao nosso público leitor, aos internautas, filhos da terra que estão distante e para a população em geral.
Dr. Júlio – Apenas agradecer mais uma vez a oportunidade. Dizer que estou sempre na luta, sempre preocupado com o bem da terra, cumprindo com o juramento que fiz no dia da minha posse, em 1º de janeiro de 2013, zelando pela melhoria da qualidade de vida da nossa gente em todas as áreas, Educação, infraestrutura, saúde que é a minha especialidade, faço com zelo, com amor e com conhecimento. Com esse espírito, nós desejamos dias melhores para a população, para os nossos conterrâneos que residem fora, os amigos que devotam a Paramirim amizade. É com esse sentimento de gratidão ao povo, de amor a terra, que eu encerro aqui a minha mensagem.