Não somos adivinhos, porém, já imaginamos até as respostas, os ataques à liberdade de expressão e de imprensa, quando ousamos mais uma vez, denunciar a má gestão, irresponsabilidade de “técnicos, Comitês e irrigantes hipócritas”, que irão tentar nos calar, com as desculpas esfarrapadas de que estão com tudo sob controle, simplesmente, alegarão que mais esse derrame de água que deixa a população regional apreensiva, estava previsto e que não afetará a Barragem.
Ora bolas! Pro raio que os partam com as suas hipocrisias! Podem até tapear alguns, porém, nunca irão nos convencer de que o que fazem em benefício de felizes irrigantes famigerados é legal e está correto. Isso Nunca!
Também vocês não são adivinhos! Para determinarem que “pelas previsões” a Barragem suportará até dois anos sem chuva, como “alguns técnicos de araque” insistem em afirmar. A desculpa também não convence ninguém. Para nós é puro engodo a informação de que toda a água liberada, (mais de 1 milhão de metros cúbicos) é para a perenização do rio e dessedentação animal até o município de Ibipitanga. Pois, através do leito, esvaindo-se e evaporando, não passa do município de Caturama. Isso está errado. Só não vê quem está sendo beneficiado, é egocêntrico ou pessoa que possui alguma tendência a desvios psíquicos.
É grande a preocupação da população. (Exceto dos ricos proprietários). A culpa é de quem? Nem calor, nem São Pedro. Para a população, a má gestão das águas da bacia hidrográfica e o desperdício são as principais razões para uma eminente crise de abastecimento nesse Vale. Existem os que já se assustam com a idéia do esvaziamento do lago. “Lutamos para que não fosse água para outros municípios pelas tubulações e agora, deixamos derramar milhões para molhar capim? Inaceitável.” Bradou um morador desesperado com o volume de água que descia.
O Jornal O Eco, que ouviu o blá blá blá dos “Gestores da água”, observou também em pesquisa, que a população não encara os problemas climáticos como causas inevitáveis por possíveis problemas de desabastecimento. Enxergam a falta de zelo dos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, especialmente do Zabumbão, órgãos obrigados a zelar pela preservação, fiscalização e por incentivar um uso racional, sem desperdícios. Isso tornaria os municípios abastecidos mais resistentes a períodos de dificuldades climáticas.
Para que o leitor possa compreender a situação de forma mais abrangente, estaremos editando reportagem especial em nossa edição impressa, na qual mostraremos uma bacia hidrográfica doente, ferida de morte, explorada e devastada a cada dia, enquanto “Os donos da água”, insensíveis a tudo, decidem sangrar mais uma vez o reservatório que agoniza.
De que serviram os protestos? O que está se fazendo de concreto pela Barragem? Cessaram os desmatamentos? Algo está sendo feito para impedir os Esgotos In Natura? Os Garimpos? Quem foi ao Morro do Fogo sabe responder!
De nada adianta as pessoas protestarem, defenderem a inviolabilidade da Barragem do Zabumbão. Pois, se a água não é suficiente para matar a sede de mais famílias, como realmente, nas atuais condições não é. Como ficam as famílias que delas hoje se utilizam? Usuários, que entenderam, que água é um bem finito, estão economizando em seus lares, comércios, enquanto quem está “responsável” pela preservação e cuidados fazem tudo ao contrário da busca pela abundância, não demonstram que o uso precisa ser feito com responsabilidade por todos, inclusive e especialmente por parte dos que tem a obrigação de gerir.