O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira

A Comissão de Ética da Presidência da República abriu por unanimidade, nesta segunda-feira, procedimento investigativo para apurar se o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, violou a legislação no caso que resultou na demissão do agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.  
 
Indicado ao cargo pelo próprio Geddel, o conselheiro José Saraiva recuou do pedido de vista que havia solicitado pela manhã e apresentou voto pela instauração de inquérito. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo na edição do último sábado, Calero afirmou que Geddel o pressionou em mais de uma ocasião para liberar uma obra embargada em Salvador, onde o peemedebista tem um apartamento. 
 
Na mesma tarde, o presidente Michel Temer afirmou por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola, que o ministro permanecerá no cargo. “Em primeiro lugar, o Ministro Geddel Vieira Lima continua à frente da Secretária-Geral da Presidência”, disse o porta-voz, confundindo o cargo de Geddel. 
 
“O Presidente Michel Temer ressalta, adicionalmente, que todas as decisões sob responsabilidade do Ministério da Cultura são e serão encaminhadas e tratadas estritamente por critérios técnicos, respeitados todos os marcos legais e preservada a autonomia decisória dos órgãos que o integram, tal como ocorreu no episódio de Salvador”, afirmou o porta-voz.