Abrindo de forma especial as homenagens da noite, o Jornal O Eco registrou a passagem por esta terra, de uma figura querida, um artista do povo, homem humilde, nascido na zona rural de Rio do Pires, que viveu e morreu com a mesma simplicidade, mesmo carisma e alegria que contagiava a todos.
Narrando em um documentário a saga de Zé de Chico, um dos grandes artistas que esta região produziu, O Eco lembrou que ele foi descoberto e ganhou a primeira oportunidade pelas mãos de um conhecedor de talentos, o também músico e criador do famoso São Pedro de Rio do Pires Zeinha da Boate e do Trio Alvorada.
Zé de Chico, que com seu vozeirão tornou-se conhecido, requisitado em cada festança nos recantos do sertão, teve a oportunidade de cantar para multidões até na capital paulista, porém, a sua alegria era estar cantando com o seu famoso chapéu de couro , vendo o sol raiar nas inesquecíveis festas do Morro do Fogo.
Ganhou o reconhecimento de companheiros famosos como Mão Branca, Dio do Acordeon, Frank Aguiar, dentre tantos outros que sequer imaginavam que Zé de Chico partiria tão precocemente em um trágico acidente ocorrido há alguns dias.
Sua partida comoveu a região, a sua humilde residência e ruas adjacentes ficaram apertadas para acomodar a multidão que se fez presente para um último adeus. O adeus ao amigo, ao artista simples e humano, que deixa a nós o legado de boa conduta, convivendo com a fama sem abandonar as raízes. Assim foi o querido forrozeiro apaixonado Zé de Chico.
Ainda abalados com o ocorrido, familiares e amigos registraram depoimentos emocionados e torcem agora, para que o seu herdeiro Leléu, juntamente com a sua banda, deem continuidade a caminhada na trilha do forró.