Cerca de R$ 9,5 mil já foram apreendidos (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
Polícia Federal inciou uma investigação neste mês de junho na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, para apurar a falsificação de dinheiro no município. De acordo com a PF, em menos de 30 dias, 4 golpes foram registrados na cidade. Até então, R$ 9.500 mil em cédulas falsas foram apreendidos.
Entre os golpes registrados, dois ocorreram durante a venda de veículos. Um homem que prefere não se identificar conta que foi surpreendido ao tentar depositar R$ 2.400 mil provenientes da venda de uma motocicleta que foi anunciada nas redes sociais. Todas as 24 cédulas de R$ 100 eram falsas.
“É um sentimento muito ruim, né? Porque tomar um golpe desse é um baque muito grande, né?”, contou o homem.
Além deste caso, outro parecido foi registrado na terça-feira (26). De acordo com o delegado da PF Rodrigo Andrade, um homem vendeu um carro por R$ 5.200 mil, mas, em seguida, percebeu que o dinheiro que recebeu era falso.
Conforme o delegado, todas as cédulas apreendidas possuem os mesmos números de série: EB57289291 e CC135792468. Ainda não há informações sobre suspeitos. O caso está sob investigação.
Notas falsas possuem o mesmo número de série (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
“Eles tentam, de alguma forma, colocar no comércio. Seja comprando, no caso aqui, que a gente identificou, foi comprando veículos. Mas também têm pessoas que a gente localiza comprando no comércio produtos menores e pegando o troco. Então, a pessoa chega com R$ 100, compra um refrigerante, compra qualquer coisa ali de R$ 5, de R$ 10, pega pega o troco e, aí, o prejuízo fica para o comerciante”, disse o delegado Rodrigo Andrade.
A Polícia Federal recomenda que quem esteja com uma cédula falsa vá até uma delegacia da PF com o dinheiro, para fazer um boletim de ocorrência. Além de falsificar, repassar dinheiro falso também é considerado crime.
“A pessoa que compra a cédula falsa já com a intenção de colocar no mercado esse tipo de cédula, tem uma pena alta. Uma pena de reclusão de 3 a 12 anos. E. além disso, tem aquela pessoa que recebe no comércio de boa fé a cédula, e, para não ficar no prejuízo, ela termina passando para uma outra pessoa também para tentar justamente que o prejuízo não fique com ela. Que o prejuízo fique com outra pessoa. Essa pessoa também responde. Uma pena de 6 meses a 2 anos. Mas, de qualquer forma, estaria cometendo um crime”, contou o delegado.
Perito recomenta que notas sejam avaliadas contra a luz (Foto: Reprodução/TV São Francisco)
O perito criminal Deosio Cabral aconselha que os moradores da cidade observem as notas contra a luz antes de receber qualquer pagamento.
“Você direciona a cédula que está suspeita contra a luz, para observar o que a gente chama de quebra-cabeça, ou registro coincidente. Onde você vai observar exatamente um alinhamento perfeito entre um quebra-cabeça de um lado e do outro da cédula. Posicionando contra a luz, você centraliza no ponto de impressão desse quebra-cabeça. Quando ele está perfeitamente alinhado, a cédula tem indícios de autenticidade. Quando não, já tem indício suficiente de inautenticidade para você realizar outros testes da cédula”, explicou o perito criminal.