Presos por suspeitas de participação em fraudes na 18ª Ciretran de Brumado, o ex-coordenador da 18ª Ciretrande, Kléber Tadeu Leal Cambuí, o ex-servidor público do órgão, Sebastião Alves Silveira e o empresário Osvaldo Souza Oliveira, proprietário de uma autoescola na cidade de Livramento de Nossa Senhora, ganharam liberdade no início da noite desta quinta-feira (27).
Conforme a Polícia Civil, um Alvará de Soltura foi entregue a autoridade de plantão da 20ª Coorpin de Brumado solicitando a liberdade dos três envolvidos. Na última sexta-feira (21), o juiz Dr. Rodrigo Souza Britto, da Comarca Criminal de Brumado, havia convertido as prisões temporárias em preventivas.
No documento o magistrado chegou a citar que, “na hipótese dos autos, a prisão preventiva se justifica para garantia da ordem pública, pois existem inúmeros indícios (como o relatório de interceptação telefônica e interrogatório dos indiciados) de que os representados integram uma organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública, especialmente para a realização de fraudes na expedição de CNH e documentos de veículos”.
Na decisão o Juiz também citou que os envolvidos “usaram as suas respectivas ligações políticas para ter controle sobre as decisões e condutas dos funcionários, bem como promover as fraudes sem serem contestados. Ainda segundo o magistrado, as investigações apontam que “os representados tiveram acesso a sistemas restritos na Administração e grande poder de influência e decisão, inclusive por meio do uso da coerção.
É evidente que estas influências, da mesma forma lhes possibilitou praticar os delitos sem contestação, podem interferir no ato de colheita de elementos probatórios voltados ao esclarecimento de qualquer dos crimes durante a instrução processual, o que justifica a decretação da preventiva”, sentenciou.