Investigados poderão responder pelos crimes de Associação Criminosa, Peculato, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25) a segunda fase Operação “E o Vento Levou”. que mira desvio de dinheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). De acordo com a PF, a nova etapa investiga que pessoas e empresas de Minas e da Bahia que teriam sido destinatárias finais dos recursos fraudulentos. A operação é conjunta entre a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.

A primeira fase da operação apurou que o desvio foi feito pelo aporte de R$ 850 milhões na empresa Renova Energia SA, com posterior repasse de parte deste recurso por meio do superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos e escoamento dos valores através de sua transferência a várias empresas. Em seguida, o dinheiro foi convertido em espécie e distribuído a diversas pessoas.

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo sete mandados de busca e apreensão para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Bernardo do Campo/SP, Salvador/BA, Lauro de Freitas, Milagres/BA, e Nova Lima/MG.

Aos investigados poderão ser imputados, na medida de sua participação nos fatos, os crimes de Associação Criminosa (art. 288 do Penal), Peculato (art. 312 do Código Penal), Lavagem de Dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/98), e Falsidade Ideológica (art. 299 do Código Penal) cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.