Ontem, um avião da PF desembarcou no aeroporto de uma cidade, distante ao menos 300 km de Salvador, para dar suporte aos agentes e delegados federais responsáveis pelo cumprimento dos mandados.
A Polícia Federal (PF) concluiu nos últimos dois dias os preparativos para cumprir, a qualquer momento, novos mandados de prisão contra investigados da Operação Faroeste no estado. Segundo apurou a Satélite, é grande a possibilidade de que existam desembargadores ou juízes com detenção solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) e já autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Informações preliminares apontam até cinco magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) na lista de suspeitos passíveis de prisão pela Faroeste, cujo cerco está previsto para ocorrer entre as primeiras horas de hoje e a manhã da próxima quinta-feira.
Movimento na surdina
Ontem, um avião da PF desembarcou estrategicamente no aeroporto de outra cidade, distante ao menos 300 quilômetros de Salvador, para dar suporte aos agentes e delegados federais responsáveis pelo cumprimento dos mandados. De lá, as equipes se deslocariam de carro aos endereços dos alvos na Bahia.
Patrimônio descoberto
Durante as buscas e apreensões realizadas no último dia 19 em endereços da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, afastada do TJ e presa sexta passada, a PF achou uma pasta com documentos sobre pagamento de despesas de sete imóveis, conforme o MPF, “supostamente pertencentes” a ela. A relação, descrita no pedido de prisão da magistrada, inclui propriedades no Canela, Graça, Flamengo, Barbalho, Penha (Itaparica) e mais duas, denominadas “Sto. Antônio P. do Forte” e “rancho em São Gonçalo dos Campos”.
Defenestrado da Corte
Também preso pela Faroeste, Antônio Roque Neves foi exonerado do cargo de secretário judiciário pelo presidente em exercício da Corte, Augusto de Lima Brito. Neves é ligado ao desembargador Gesivaldo Britto, afastado do comando do tribunal.
Lupa aérea
Investigadores da suposta venda de sentenças no TJ miram outra aeronave ligada ao falso cônsul da Guiné-Bissau Adailton Maturino, tido como mentor do esquema. Os rastros do jatinho podem levar o caso para além do Judiciário.
FONTE: Correio24horas