Para quem fez arminha com a mão, assumindo a violência, que reflitam e prestem uma justa e honesta homenagem àquele que é chamado de Príncipe de Paz e que mandou que Pedro guardasse a espada na bainha.

Por: Felipe Magalhães FranciscoEntão é Natal! E o que se pode desejar, para quem fez arminha com a mão, assumindo a violência como tema de campanha, é conversão, para uma justa e honesta homenagem àquele que é chamado de Príncipe de Paz e que mandou que Pedro guardasse a espada na bainha.

Então é Natal! E o que se pode desejar, para quem relativizou a apologia à tortura e às aterradoras homenagens a torturadores, é conversão, para uma nobre e coerente homenagem ao nascimento d’Aquele que viria a ser condenado ao pior tipo de morte, para sua época e cultura, em nome da boa ordem.

Então é Natal! E o que se pode desejar, para quem gostou e reiterou o discurso de que era preciso exterminar os inimigos políticos, é conversão, para uma sincera homenagem àquele que privilegiou, em toda a sua vida, os encontros, com os diferentes, com os marginalizados, com aqueles que deviam ser considerados inimigos.

Então é Natal! E o que se pode desejar, para quem admirou e rejubilou com a noção de que Deus está acima de tudo, é conversão, para uma profunda e verdadeira compreensão de fé, no Deus que resolveu descer ao nosso encontro, montando sua tenda entre nós e não sobre nós.

Então é Natal! E o que se pode desejar, para quem acredita na imposição religiosa como caminho de salvação, que esconde sede de poder, é conversão, para que encontre o Filho de Deus que fez da sua vida, uma busca por colocar a religião no lugar que ela devia ocupar.

Então é Natal! E o que se pode desejar, para quem não concordou com tudo isso acima descrito, mas que optou pela omissão, é conversão, para que, irmanados ao Filho de Deus, assuma a posição pela justiça e pela liberdade!

Então é Natal! E o que se deve desejar aos cristãos e cristãs é constante conversão, para testemunhar, verdadeiramente, o encontro com o Deus-Menino, o pobre de Nazaré. A todos nós, uma santa conversão, neste Natal, oportunidade espiritual de vivermos a memória daquele que revelou o rosto amoroso do Pai, e que nos chama à comunhão em seu Reino de justiça, paz, equidade, solidariedade, valores enraizados no amor, que só pode ser de Deus!