Município do sertão da Bahia tem a pior gestão desde a sua emancipação política.

O desabamento de um prédio escolar localizado na comunidade de Poços, área rural do município de Oliveira dos Brejinhos, cerca de 612 km de Salvador, edifício que também servia como local de reuniões da comunidade e sessão de votação, traz à tona toda uma situação de caos, irresponsabilidade administrativa de uma gestão atrapalhada, truculenta e incompetente do atual prefeito Carlos Augusto Ribeiro Portela “Carlito de Libório” (PSB). Destoando da maioria das administrações municipais da região, que conseguem ofertar serviços e cumprir com suas responsabilidades apesar de todas as limitações, em Oliveira o prefeito parece não se importar. Ele já teve suas contas do exercício de 2017 reprovadas pela Câmara Municipal de Vereadores, amarga os mais elevados índices de rejeição e insiste no modelo dinossáurico com consequências desastrosas para a população.

A cidade e comunidades rurais enfrentam situações de abandono, com um atendimento de saúde precário, à exemplo das comunidades de Jacurutu e Chapada de Cima, que possuem modernos prédios concluídos há quatro anos e nunca funcionaram os respectivos PSFs. As estradas vicinais não recebem qualquer tipo de manutenção, obrigando os próprios moradores a realizarem mutirões tapa buracos, a coisa vem se agravando de tal forma, que talvez, Brejinhos esteja hoje entre as cidades mais sujas do país, com ruas tomadas pelo lixo e pelo mato.

Tudo isso ainda é pouco diante do maior problema no sertão, a escassez de água, que é típica das cidades da região. Esse problema virou caso de vida ou morte em Oliveira dos Brejinhos. A situação ganha contornos desesperadores com as comunidades sendo obrigadas a comprar água potável para o consumo, água mineral para beber, pois a falta de compromisso da prefeitura em atender as demandas já extrapolou os limites da paciência, há quem compare tal episódio com o famoso filme de animação Rango. Ocorre que, o maior manancial que abastece boa parte da população, fica localizado dentro das terras do atual prefeito, apesar das denúncias referentes à falta de tratamento adequado má gestão, inclusive na distribuição, as queixas por utilização de recursos públicos em propriedade privada, ampliam a revolta contra o gestor.

A ira dos moradores está estampada em inúmeros posts nas redes sociais, o desalento e principalmente a demora de uma resposta à altura dos órgãos fiscalizadores, vem provocando não somente indignação, como a sensação de que a impunidade prospera no lugar desde o início da atual gestão. Com o desabamento do prédio escolar, a piora nos serviços de limpeza urbana, saúde e educação deficitárias, água sem o tratamento adequado, se multiplicam as reclamações dos que sofrem com a falta de responsabilidade, incompetência e má gestão dos recursos públicos. O município encravado no polígono da seca, enfrenta dias difíceis com esta que já é considerada a uma das piores administrações desde que Oliveira dos Brejinhos se emancipou.

A equipe de reportagem do Jornal O Eco, veículo de imprensa que há mais de duas décadas resiste com sua postura imparcial, sempre ao lado do povo, vem sendo vítima de intimidações do atual gestor, que imagina nos calar inclusive com ações judiciais. Firmes no propósito de um jornalismo autentico e destemido, seguimos expondo a verdade dos acontecimentos na cidade. Assim como em outras oportunidades, mais uma vez tentamos contato com o gestor para ouvir a sua versão sobre estes fatos recentes, porém, até o fechamento desta matéria não conseguimos êxito. Existem diversas denúncias junto ao Ministério Público e demais órgãos, também é crescente o boato nos bastidores políticos de um possível pedido de cassação. Nossa Equipe estará acompanhando estas situações para informar a população regional.

De acordo com informações colhidas junto à moradores e lideranças comunitárias, pelo menos nove dos onze vereadores estão contra as atitudes da gestão de Carlito, que acumula sérios problemas também na área de transportes, estando a prefeitura com uma frota deficitária, existindo inclusive veículos e máquinas sucateados como se pode observar nas fotos. Fontes idôneas atribuem críticas severas quanto ao correto andamento do ano letivo de 2018, que segundo informações, não atingiu 180 dias aula. Também há inúmeras reclamações quanto aos graves problemas da limpeza urbana, que segundo informações, conta hoje com apenas 06 garis o que justificaria todo acumulo de lixo e entulho nas vias públicas.

Apenas para efeito de esclarecimento, tomando como base o mês de dezembro de 2019, considerando a arrecadação total, chegaram aos cofres da prefeitura o montante aproximado de R$ 6.475.000,00, sendo que também em valores aproximados, no ano de 2019 a prefeitura de Oliveira dos Brejinhos arrecadou valores próximos a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). Estimando também a arrecadação própria de impostos e taxas, além de repasses de emendas parlamentares e convênios. Se multiplicados os valores arrecadados de 2019 pelos três anos da atual gestão, ultrapassaríamos a exorbitante quantia de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).

Evidentemente que existem variações para mais ou para menos, bem como o abatimento das despesas obrigatórias, pagamentos de servidores dentre outras atribuições. Porém, ainda assim é muito dinheiro para não se observar o mínimo de serviços, obras básicas de conservação, iluminação pública, abastecimento digno de água com qualidade para todos, dentre outros serviços essenciais. Se compararmos com outros municípios até de menor porte que se orgulham de obras de grande de vulto, em Oliveira dos Brejinhos, infelizmente o que se observa é o caos que se agiganta e angustia os quase 24 mil habitantes.