Unanimidade entre os Desembargadores do TRE-BA. Eleições municipais devem ocorrer até o fim do ano com muitas mudanças devido a pandemia.
A forte crise provocada pelo novo coronavírus vem causando profundas transformações na rotina de vida da sociedade, que, diante do medo e das dúvidas relativas ao futuro, vai tentando se adequar. Neste cenário de suspense irão ocorrer as eleições municipais, já que os desembargadores do TRE, numa audiência virtual na manhã desta segunda-feira (11), foram unânimes nesse sentido de manterem as datas previstas ou no máximo adiarem o sufrágio por algumas semanas, seguindo o que programa o TSE.
No contexto atual, ao que tudo indica, o pleito terá várias mudanças, caso a pandemia se estenda mais do que o provável. Mesmo diante das incertezas alguns pontos já começam a ficar mais evidentes, como a decisão do TSE para a realização das convenções partidárias que acontecerão em julho e, pela primeira vez, serão de forma virtual. Diante desse cenário, sob a lógica do ato contínuo, os comícios e as caminhadas não poderão acontecer, já que as aglomerações ainda deverão estar proibidas em outubro, caso a previsão dos especialistas de que a pandemia se estenda até o final do ano se cumpra.
Para os habitantes das pequenas cidades do sertão, são fatos estranhos, muitos acreditam serem impraticáveis, porque uma campanha sem comícios e caminhadas fica ao estilo “macarrão sem molho”, mas, a preservação da vida humana deve estar acima de tudo. Vale ressaltar também que as tradicionais “muvucas das bandeiras” também deverão ser proibidas, o que vai desafiar ainda mais os candidatos no convencimento do eleitorado. Caso isso se comprove, o custo da campanha deverá ser bem mais baixo, já que os comícios e todo o aparato publicitário de campo são muito elevados.
Uma eleição atípica, que de acordo com o Presidente do TSE Ministro Barroso, acontecerão em 2020, o adiamento para o mês de novembro ou até dezembro ganha cada vez mais força, o que pode causar novas reviravoltas na questão da mobilização e estratégias. Assim, o suspense continuará caminhando na esteira da pandemia que já é considerada a maior crise da humanidade da história contemporânea, que pode fazer ainda outro feito inédito, o cancelamento do Carnaval em 2021, que segundo o próprio governador Rui Costa, só acontecerá na Bahia se a vacina já estiver sendo distribuída à população.