Os resultados positivos tiveram repercussões ao redor do mundo elevando a expectativa de imunização humana.

O mês de julho já começou com uma excelente notícia! A vacina experimental contra o novo coronavírus produzida pela gigante farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia BioNTech demonstrou bons resultados em testes com humanos. A vacina estimulou a resposta imune dos pacientes saudáveis, apesar de ter causado efeitos colaterais, como febre, em doses mais altas. Diante dos excelentes resultados contra a doença, a empresa já trabalha na redução dos efeitos colaterais que não representam risco de morte. Com a divulgação dos resultados positivos, a Pfizer viu suas ações subirem mais de 4% na bolsa americana.

O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três doses da vacina ou placebo; destes, 12 receberam uma dose de 10 microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da vacina. Da parcela que recebeu de 30 a 100 microgramas, cerca de 40% apresentou febre e indisposição temporária. No entanto, a vacina foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e alguns deles neutralizaram o vírus, o que pode significar que é capaz de parar o funcionamento dele, mas ainda não se sabe se esse nível mais alto de anticorpos é realmente capaz de gerar imunidade à doença. A Pfizer irá conduzir novos estudos em breve para provar que quem tomou a vacina é 65% menos vulnerável ao vírus.

A novidade foi divulgada no site Medrxiv, principal distribuidor de descobertas científicas que ainda não foram revisadas por pares. Os resultados ainda não foram publicados em um jornal científico. Mesmo com resultados preliminares, especialistas acreditam que estamos muito próximos da imunização em massa. As empresas não divulgaram as diferenças dos efeitos da vacina por gênero, etnia ou faixa etária. As próximas fases do teste também serão focadas nos Estados Unidos. Se tudo der certo, a expectativa da companhia é produzir até 100 milhões de doses da vacina até o final deste ano e mais 1,2 bilhão até o final de 2021.