“São doze anos de espera e agora vem a certeza de mais uma grande oportunidade para os produtores e consequentemente, mais divisas e visibilidade para o município de Rio de Contas”.

Com as oliveiras carregadas e prontas para a colheita da segunda safra da história do nordeste, os produtores da região de Rio de Contas na Chapada Diamantina, estão deslumbrados e muito entusiasmados com o feito inédito. É que, desde a primeira produção com cerca de 5 toneladas, as expectativas giravam em torno de uma nova produção dos cerca de 750 pés do fruto, com duas variedades, o que representaria a real adaptação do cultivo ao clima da região.

A boa nova foi destaque do Bahia Rural da Rede Globo de Televisão, que confirmou uma esperança plantada de forma experimental há mais de uma década, tendo brotado nas terras altas de Rio de Contas no ano de 2018. Hoje, cerca de 12 anos depois, a lavoura se torna realidade. Toda comemoração tem uma explicação muito lógica, as oliveiras nunca haviam sido plantadas na região nordeste e mesmo com a primeira produção, a seca que castigou a lavoura e o clima, causavam preocupação quanto a uma nova produção que ocorre a cada dois ou três anos.

Com tal sucesso alcançado, a cidade de Rio de Contas, tendo a confirmação do seu potencial de produção, começa a colher a segunda safra de azeitonas do nordeste do Brasil, cujos frutos demonstram um padrão elevado para o mercado consumidor. Após 12 anos, Rio de Contas passa a figurar, como o terceiro polo de produção de um dos mais vantajosos ramos da agricultura. As expectativas se ampliam, pois no Brasil, somente Minas Gerais e Rio Grande do Sul, produzem esses frutos. Na América Latina, apenas Argentina, Chile e Peru possuem campos de Oliveiras.

Para o prefeito do município, Dr. Cristiano, “essa é uma linda surpresa. São doze anos de muita fé e agora vem a certeza de mais uma grande oportunidade para os produtores e consequentemente, mais divisas e visibilidade para o município de Rio de Contas”. A ideia começou com um empresário francês que sempre foi apaixonado pelo Brasil. “Eu tinha 20 e poucos anos quando cheguei aqui, nos anos 70, ano 79, e era outro mundo. Muito charmoso”, disse, na época, o Sr. Didier Chinchila. Após deixar a empresa em que trabalhava como executivo, ele começou a passear pelo Brasil. Em uma dessas andanças, chegou até a Chapada Diamantina.

“Senti um clima diferente, que me lembrava muito as regiões do sul da França…Uma sensação física que eu não estava no Brasil tropical, úmido, da costa, do dendê. Eu estava em um outro mundo, que é a Chapada Diamantina”, relembra o empresário. De acordo com as informações colhidas, Rio de Contas passa a possuir as mais jovens oliveiras da américa latina, levando em conta que dão frutos por séculos, sem dúvidas é uma excelente notícia para a região. De acordo com o produtor Christophe Chinchila, “Ainda esse ano, começam a produção do azeite de oliva, com azeitonas baianas, em parceria com fábrica de Minas Gerais”.

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