Entre os ativos está o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Ilhéus e Caetité, que serão leiloados a partir desta quarta-feira (7).
O governo Bolsonaro anunciou hoje, que na próxima quarta-feira (7), está prevista a realização da agenda de leilões, que visa atrair R$ 10 bilhões com ativos de infraestrutura. Serão concedidos à iniciativa privada 22 aeroportos, além do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, e ainda cinco terminais portuários. Os certames acontecerão em três dias seguidos, começando nesta quarta na Bolsa de Valores de São Paulo.
Reforçando a intenção de privatizações, o governo justifica o leilão de concessões, como saída para aumentar arrecadações e gerar empregos em breve espaço de tempo. Desfazendo-se de bens comprovadamente rentáveis como o primeiro trecho de 537 quilômetros da Fiol, que vai de Ilhéus, no Sul Baiano, até Caetité, no Centro-Sul, Bolsonaro elimina mais uma marca dos governos anteriores, cujas ações na área de infraestrutura se fizeram presentes no interior do Brasil. O processo é de responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que dará a concessão para a iniciativa privada, pelo prazo de 35 anos.
A obra da FIOL teve início em 2010 pelo Governo Federal por meio da Valec, estatal criada com a finalidade de gerir a construção de ferrovias no país. A conclusão estava programada para o ano de 2016, no entanto, com o impeachment de Dilma Rousseff, as verbas para as obras foram cortadas e apenas 75% dos serviços foram executados. De acordo com membros do atual governo, a finalização da ferrovia ficará agora por conta da empresa que vencer o leilão, por meio de um contrato assinado com a Valec e gerido pela ANTT. Só o tempo dirá se estas são decisões acertadas. Outras experiências com privatizações recentes dizem o contrário.