Parlamentar baiano foi incluído na lista por compra de uma retroescavadeira para enviar ao interior do estado, por preço R$ 50 mil maior que a média.
O deputado federal Charles Fernandes (PSD-BA) negou nesta terça-feira (11) sua participação em um esquema para receber verbas em troca de apoio para o Planalto. O nome de Fernandes é citado em uma reportagem do Jornal O Estado de S. Paulo sobre um suposto orçamento paralelo, de R$3 bilhões, que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) teria criado para conquistar apoio no Congresso no final de 2020. O esquema tem sido apelidado de ‘tratoraço’ no noticiário político.
“Primeiro que eu não votei em Bolsonaro, e segundo que faço sempre minhas falas contra os posicionamentos do presidente”, disse o parlamentar ao ser questionado pelo Metro1. De acordo com ele, a reportagem inclui seu nome porque é “contra o Nordeste e o povo nordestino”. A matéria cita também nomes de parlamentares de Goiás, Minas Gerais e do Distrito Federal, entre outros estados do país.
O deputado baiano foi incluído na lista por uma compra de retroescavadeira para enviar ao interior do estado. O parlamentar escreveu que o item deveria ser comprado por R$ 300 mil, o que supera em R$ 50 mil o preço de referência. Sobre o assunto, ele diz que quem faz as compras “é uma das empresas do governo mais corretas”, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). “Se ela comprou mais caro ou mais barato, como esse veículo de comunicação está falando, ele está falando porque não gosta do PIB do nordeste brasileiro”, desconversa.