Manoel Natal de Sousa foi transferido para a UTI COVID de Valença. Caso reforça necessidade de cuidados, pois mesmo imunizados ainda correm em risco.
Uma cena desoladora presenciada ontem (13) no aeroporto de Macaúbas-Ba, quando um avião decolou rumo ao Centro COVID da Cidade de Valença, levando um paciente especial, Manoel Natal Souza, Coordenador de Transporte do Hospital Municipal de Boquira, atuante e dedicado na linha de frente da COVID-19, que inclusive já havia sido vacinado com as duas doses da vacina AstraZeneca e mesmo assim foi diagnosticado com a doença. Assim que apresentou os sintomas foi afastado, logo depois internado, Natal, aguardou cinco dias o surgimento de um leito, tendo seu quadro agravado, somente na manhã deste domingo (13), foi liberada a sua regulação de Boquira para a UTI do Hospital de Valença.
A reportagem do Jornal O Eco conversou com o Secretário Municipal de Saúde de Boquira, que não omitiu toda sua tristeza e preocupação com o colega de trabalho, Alan França, informou que está muito abalado com essa situação inusitada. “Apesar de sabermos que as vacinas possuem certa porcentagem de segurança, 60, 80 e até 90%, existe a possiblidade de infecção. Isso infelizmente é real e acaba de acontecer com o nosso conterrâneo”. Lamentou Alan que completou: “Espero que Deus o ilumine e nosso coordenador de transportes consiga sua recuperação plena. Também que este caso sirva como um alerta real aos jovens e adultos, que desprezam a doença, ignoram os riscos e continuam se aglomerando, sem respeitar as orientações e decretos das autoridades. Isso é grave e os desdobramentos ainda não acabaram. Se não nos cuidarmos, em breve poderemos estar mergulhados no caos sem termos condições de cuidar dos doentes”. Alertou o Secretário.
O caso raro de Boquira, pode se repetir, como aliás, ocorreu com pessoas inclusive artistas no Brasil. Especialistas afirmam que as vacinas contra a Covid-19 não impedem de contrair o novo coronavírus. No entanto, os casos graves são raros de pessoas que ficam doentes mesmo após tomar as duas doses de algum dos imunizantes disponíveis. Isso pode acontecer porque nenhuma vacina disponível no mundo atualmente tem eficácia de 100% contra o vírus Sars-CoV-2, ou seja, não impede que o indivíduo seja infectado e além de ficar doente, passe a doença para outras pessoas. Mas elas são eficazes na maioria das vezes, para evitar os casos graves da doença, que levam à intubação e à morte.