ACM Neto e Bivar querem apostar em nome ‘novo’; Apresentador Datena, ex-ministro Mandetta e Senador Rodrigo Pacheco disputam indicação.
O União Brasil que oficializa hoje (06) a sua criação em ato solene marcado para Brasília, ao contrário do que se esperava, não será o partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disputará a reeleição em 2022. De acordo com informações de lideranças da cúpula da legenda, a filiação do presidente e de quadros bolsonaristas está descartada. O União Brasil tem como objetivo apresentar uma candidatura própria à presidência da República e “que colabore para desfazer o ambiente de polarização”. “O partido não tem nenhum desejo de se organizar sob o ambiente político do governo”, apontou um dos líderes.
Antes da fusão, alguns ajustes vinham sendo feitos, como um nome próprio ou de apoio, tanto ao PSDB, como ao nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) intensificou nas últimas semanas o diálogo com o PTB, partido presidido por Roberto Jefferson. O chefe do Executivo se reuniu com a vice-presidente da sigla, Graciela Nienov, na semana passada para tratar da possível filiação e a definição do destino do presidente pode sair ainda em 2021. O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou, em entrevista ao Canal Uol, que o partido União Brasil vai lançar candidatura própria para a Presidência da República nas eleições de 2022.
O novo partido surge com o propósito de ser o maior partido do País. O União Brasil nasce da junção do PSL (ex-Bolsonaro) com o DEM. “Com a fusão, nascemos independentes, com um projeto próprio voltado à Presidência da República, e que não vai ficar olhando para trás”, respondeu ACM Neto ao ser perguntado sobre a quantidade de bolsonaristas ainda existentes na legenda. “Aqueles que não estiverem satisfeitos com as diretrizes políticas do novo partido, terão a liberdade para sair. A fusão abre a porta para os insatisfeitos deixarem o partido”, completou. Sobre o possível nome para a sucessão presidencial, o presidente do DEM disse que o União Brasil está analisando. “O PSL traz para a fusão o nome do apresentador Datena, o DEM traz os nomes do ex-ministro da Saúde Mandetta e do senador Rodrigo Pacheco. A verdade é que nós estamos vivendo um processo muito antecipado, mas a gente ainda tem tempo para amadurecer os nomes e chegar a um que represente o União Brasil”, desconversou.