Situação atinge diretamente o único vereador eleito Willian Trindade. Fontes afirmam que depoimentos orientados e confissões teriam sido “fogo amigo” para derrubar parlamentar que não aceitou cabresto.

Apesar do processo (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo), transcorrer em segredo de justiça o que segundo a defesa prejudicou o direito ao contraditório, no meio político de Paramirim, fontes idôneas afirmam que já aguardavam esse desfecho, pois, segundo se apurou, o grupo de oposição, derrotado nas últimas eleições, teria relegado para o Partido Liberal (PL), nomes que eram considerados de pouca expressão política, estimando que nenhum dos candidatos lançados pelo partido conseguiriam se eleger. Ainda de acordo com as fontes do Jornal O Eco, que preferiram o anonimato, a ideia era apenas “agasalhar candidatos teoricamente fracos”, como estratégia eleitoral, assegurando que esses poucos votos também fossem direcionados ao candidato a prefeito da coligação. Ocorre que, entre esses nomes que colaboraram com a oposição, estava o jovem vereador eleito Willian Trindade Martins, que com suas ideias, propostas e prestígio, mesmo em condições totalmente adversas, numa briga interna desigual, conseguiu ser o mais votado e com a soma dos 964 votos apurados para o PL, elegeu-se vereador para a surpresa do grupo que o desprezava.

Jovem de origem humilde, dotado de grande caráter e inteligência, Willian naturalmente assumiu o mandato magoado com o tratamento da oposição e discordando de uma postura arrogante dos “chefes políticos”, sem ferir os princípios legais e partidários, o edil passou a ter uma postura independente, primando pela ética na Câmara Municipal. Isso, segundo as nossas fontes, indignou a cúpula oposicionista, que, ainda segundo as fontes, passou a torcer pela queda do parlamentar em uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, proposta pelo Ministério. Dentre os políticos e lideranças que conversaram com o Jornal O Eco, há quem afirma que “até o depoimento de uma das rés “zero voto”, teria sido minunciosamente orientado, no sentido de confirmar as denúncias, conforme consta na sentença do juiz: “…que uma delas confessou em audiência “que sua candidatura foi realizada somente com o fim de auxiliar o partido político” e “que foi convidada pelo partido político e desejou contribuir”. O que explicita a fraude.

Fato é que, em primeira instância, a Justiça Eleitoral julgou procedente a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo apresentada pelo Ministério Público Eleitoral contra os candidatos eleitos, não eleitos e suplentes do Partido Liberal (PL) do município de Paramirim, por fraude na cota de gênero. O juiz Raimundo Saraiva Barreto Sobrinho, da 111ª Zona Eleitoral de Paramirim, decretou a nulidade de todos os votos obtidos pelo partido e determinou a cassação do mandato do vereador eleito Willian Trindade Martins e dos registros de candidaturas dos não eleitos e suplentes. A decisão, no entanto, não determina o afastamento imediato do parlamentar, que tem direito a recorrer para instancias superiores, bem como, não há nada sobre eventual perda dos seus direitos políticos. O vereador disse estar tranquilo, com a consciência de que cumpriu corretamente com os tramites legais e exerce o seu mandato com honra. “Irei defender o mandato a mim conferido pelo povo até as últimas instancias possíveis! Tenho a convicção de que se for prejudicado, será em consequência de erros alheios, de pessoas que não cumpriram com suas obrigações e por perseguições políticas. “Declarou o parlamentar.

Na ação, o Ministério Público Eleitoral alegou que os envolvidos registraram candidaturas pelo Partido Liberal do Município de Paramirim nas eleições municipais de 2020, apresentando lista de seus candidatos à eleição proporcional formada por dez homens e cinco mulheres, preenchendo o percentual mínimo de cota de gênero previsto em lei. Entretanto, o órgão afirmou que, após a eleição, constatou-se que duas candidatas do partido não obtiveram votos na eleição, que não tiveram gastos no pleito e que não realizaram campanha para obtenção de votos, o que caracteriza candidatura fictícia e, portanto, fraude. Na decisão, o juiz Raimundo Saraiva Barreto Sobrinho destacou que os fatos narrados e as provas documentais e orais produzidas no processo, justificam o acolhimento do pedido de nulidade e cassação apresentado pelo Ministério Público Federal e que “o preenchimento inicial da porcentagem de cota de gênero exigido por lei deu-se por meio de embuste”, destacando que as candidatas “obtiveram o total de 0 (zero) votos, não fizeram campanha e que não gastaram com propaganda política”.

Como decisão judicial não se discute, cabe ao vereador, o único eleito pelo PL, Willian Trindade Martins, exercer o seu sagrado direito de defesa, recorrendo aos Tribunais que devem dar o veredicto final sobre a Ação judicial. Independentemente do que ocorrer com esse atual mandato do jovem vereador Willian, é cada dia mais evidente o seu crescimento político, o respaldo enquanto liderança digna, alcançando destaque na sua brilhante atuação na Câmara Municipal e sendo abraçado pela maioria da sociedade, que vê nele uma promessa política, uma grata surpresa no cenário de Paramirim. Afinal, nos dias atuais, poucos jovens com postura séria, dedicados e comprometidos com a causa coletiva alcançam posições de destaque como William conseguindo em pouco tempo de vida pública. As supostas perseguições que podem inclusive culminar com a interrupção desse seu atual mandato, não serão capazes de ceifar a sua ascensão política, profissional e pessoal. Willian é uma pessoa de bem, que tem muito a contribuir com a sociedade paramirinhense.