Senador falou em entrevista, sobre diversos temas, confirmando que ouviu prefeitos, vereadores e lideranças da sua base para tomar essa decisão.

O senador Otto Alencar (PSD), em entrevista concedida ao Jornal Tribuna da Bahia, publicada nesta terça-feira (09), sinaliza pela primeira vez que deve tentar a reeleição ao Senado Federal. Na entrevista, o parlamentar afirma que está ouvindo correligionários para tomar uma decisão. “Dentro do meu partido, tenho ouvido prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, o meu companheiro e amigo Ângelo Coronel – a quem ouço muito – para uma posição dentro da chapa majoritária e, no meu caso, preferencialmente, a reeleição ao Senado”, declarou.

O Senador baiano, integrante do grupo de Rui Costa (PT), prefere não emitir opiniões sobre ACM Neto (DEM) — o potencial adversário de Jaques Wagner (PT) no pleito de 2022. O ex-prefeito de Salvador conduziu nos últimos meses o processo de fusão do DEM com o PSL para formar o União Brasil. “Não costumo avaliar os movimentos dos partidos que eu não participo. Só posso avaliar do meu partido. Não tenho, assim, visão do que vai acontecer. Desejo boa sorte, mas eu não posso avaliar o que vai acontecer com essa fusão”, ressalta. Ainda no papo, Otto tece críticas contra o presidente Jair Bolsonaro e avalia os resultados da CPI da Covid.

Falando sobre a CPI, disse que “todas as avaliações, menos pelos bolsonaristas, são altamente positivas. Primeiro, porque obrigou o Bolsonaro a comprar a vacina. Ele negava de forma veemente a compra de vacinas. Depois da CPI, quando ele viu a tradição dela, ele resolveu tomar o caminho e comprar a vacina para imunizar e salvar tantos brasileiros. E o que nós esperamos é que o Procurador-Geral da República denuncie ao colegiado que vai julgá-lo, que é o Supremo Tribunal Federal. Além de outros tantos criminosos que fecharam os olhos para a doença tão grave que se disseminou no nosso país.

Sobre as eleições presidenciais, Otto Alencar afirmou que “Bolsonaro ainda não tem nem partido. Tenho a impressão que o Bolsonaro não vai ser candidato. Como não foi Michel Temer, tão grande foi o desgaste dele. Então, o Bolsonaro vem perdendo pontos percentuais na avaliação há muito tempo. Essa posição do presidente Lula, é uma posição muito consolidada, 45% e 47% dos votos. Então, o Presidente da República que faltando 11 meses para a eleição, não tem nem partido ainda? Alguém com boa consciência vota num presidente, e elege ele, sem partido? Ele não vai fazer deputados, ele não vai ter lastro na Câmara ou no Senado. Alguém, por voto de opinião, que conhece política, vota num candidato com esse perfil? Absolutamente não. Ou seja, Ele não tem ideologia, não tem compromisso, não tem partido. Só tem uma coisa que ele é craque: fake news. Briga com a verdade e se abraça com a mentira.