Mídia já confirma mudanças de nomes, mas, Wagner, Rui, Otto e Leão só deverão bater o martelo em reunião conjunta após o feriadão. Indefinição incomoda prefeitos e lideranças em toda a Bahia.
Apesar de sites e jornais já darem como certa a elevação do Senador Otto Alencar a condição de pré-candidato a governador, nada ainda foi confirmado pela cúpula dos partidos aliados que governam a Bahia. Há quem diga que tudo isso não passa de estratégia para alavancar o nome de Otto, que poderá ser candidato a vice, para que o PT emplaque Lula, Wagner e Rui, a expectativa seria induzir o eleitor baiano de Lula, a apertar 13, 13 e 13 na urna em 02 de outubro próximo. A notícia de que o senador Jaques Wagner (PT) avisou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não quer ser candidato a governador da Bahia também faria parte da estratégia de marketing.
Caso o recuo de Wagner seja de fato verídico, isso desagradaria ao ex-presidente Lula, que via o palanque na Bahia como pacificado. A desistência dele acontece após uma suposta insistência do governador Rui Costa (PT), em ser candidato ao Senado. As explicações dão conta de que não poderia haver espaço para dois petistas na chapa, Wagner recuou a fim de abrir o espaço para o senador Otto Alencar (PSD) ser postulante ao Palácio de Ondina. Otto, no entanto, tem descartado publicamente a possibilidade de ser candidato a governador. Aliado de Wagner, o deputado estadual Robinson Almeida, foi o primeiro a sugerir que o senador Otto Alencar seja candidato a vice-governador para que o senador petista seja o cabeça da chapa. “(Proponho) Wagner governador, Otto vice e Rui senador. Com apoio de Lula presidente, seria a chapa 13-13-13 pra ganhar as eleições na Bahia já no primeiro turno. Nesse desenho, o PP, com João Leão, comandaria o governo do estado por nove meses. O PP também ocuparia a primeira suplência de senador”, sugeriu Robinson, em nota enviada à imprensa.
Para Robinson, que já foi secretário nos governos de Wagner, essa chapa irá assegurar “uma ampla vitória da chapa governista já no primeiro turno, elegendo Jaques Wagner governador, Lula presidente e Rui senador”. Por outro lado, a Folha de São Paulo, diz que Wagner também decidiu desistir da candidatura por caráter pessoal. Segundo a publicação, aos 70 anos, o senador se sente confortável em seu mandato no Senado, que se encerrará apenas em 2027, e não deseja voltar ao centro do palco da política baiana. As investigações das quais é alvo, que tendem a ser reprisadas em meio a um possível acirramento da campanha, também seriam um incômodo para o senador, segundo aliados.
Já o PSB de Lídice da Mata, já tem o suplente de Wagner na pessoa de Bebeto Galvão e agora trabalha para indicar o suplente também na vaga de Rui. O partido crê que tem direito ao espaço, já que não está garantido na chapa majoritária. Pelo visto, o clima ferveu de vez no grupo governista e tudo pode acontecer. O que está certo, pelo menos por enquanto, é que o desfecho dessa novela se dará quando quarta-feira de cinzas chegar. Até porque não há mais tempo para que se postergue esta decisão. Há rumores de que tudo isso passa de um acordo maior, que vem sendo costurado por Lula e Kassab, presidente nacional do PSD, que teria imposto dentre outras condições a elevação de Otto na Bahia. Além de prefeitos e lideranças de toda a Bahia, quem está muito ansioso é o grupo da oposição, especialmente ACM Neto, que deseja saber quem ele vai encarar nestas eleições que prometem entrar para a história da Bahia.