Há informações de que Lula pode intervir e convidar Leão a ser o candidato da base. Reunião dos lideres baianos com o ex-presidente foi adiada para a próxima semana.

Conforme vem informando o jornal O Eco, os desencontros na escolha de um candidato na base governista, provocou um rebuliço que repercute em toda a Bahia. Desentendimentos causaram mal estar entre os principais caciques e inicialmente, parece ter favorecido o principal pré-candidato da oposição ACM Neto. No entanto, os últimos acontecimentos, contribuem para um certo equilíbrio nos bastidores da disputa, pois, com a confirmação da pré-candidatura do Ministro João Roma, apoiado pelo presidente Bolsonaro, impacta diretamente nas pretensões de Neto, que chegou a afirmar não existir terceira via na Bahia.

É notório que, mesmo patinando nesse início, João Roma pontua com cerca de 9% das intenções de votos, o que significa que com as fortes intervenções financeiras do governo federal, essa candidatura tende a crescer entre os eleitores de direita e consequentemente, tirar votos de ACM Neto. Além disso, um certo recuo do vice-governador João Leão, que após se reunir com Rui Costa, disse que terá cautela na sua decisão, pode indicar possibilidade de um acordo, que passa pela interferência de Lula. Já há quem afirme que cresce a possibilidade de Leão vir ser o candidato a Governador na base do governo, com Otto concorrendo ao senado e o PT indicando o vice, que seria o atual Secretário Estadual de Saúde Jerônimo Rodrigues.

Para a cúpula do PT na Bahia, o martelo já foi batido e o candidato do governo deve ser Jerônimo. No entanto, o jogo pode mudar devido a necessidade de ajeitar João Leão e assim manter a unidade de todos os partidos na base do Governo. Caso isso não se concretize, é bem possível que Leão e sua turma deixem a base para compor com ACM Neto. Existe ainda as falas de aliados do PP, de que João Roma sinalizou que desistiria de concorrer ao governo, para lançar João Leão candidato apoiado por Bolsonaro e Roma seria candidato ao senado. Diante de todas estas incertezas e negociações, há informações de que Lula deseja pacificar as eleições na Bahia, pois depende de maioria esmagadora de votos no maior estado do Nordeste para sacramentar sua vitória a presidência.

Outro fato recente que contribui para um posicionamento de ACM Neto quanto a sua preferência para presidente, é o anúncio do seu partido (UNIÃO BRASIL) de que lançará candidato próprio. Isso modifica a situação de Neto que deve deixar de ser independente e dará palanque ao seu candidato na Bahia (possivelmente Luciano Bivar). Com isso acabam-se os argumentos de Lula lá e Neto cá. Ao que parece, ainda restam alguns capítulos dessa novela, que deve ser definida em abril com o fim do prazo da janela partidária e de compatibilização. O Eco acompanha a trama para informar o leitor os bastidores dos episódios políticos.