Janela partidária segue movimentando os bastidores políticos na Bahia. Zé Rocha deve se filiar a partido da base de ACM Neto.

Novo presidente do PL na Bahia, Vitor Azevedo confirmou que o ministro da Cidadania, João Roma, e a esposa Roberta Roma vão se filiar ao Partido Liberal, legenda do presidente Jair Bolsonaro. João é pré-candidato a governador da Bahia, já Roberta é pré-candidata a deputada federal. “Ele (João Roma) ‘estará se filiando’ nos próximos dias. No domingo (dia 27), terá o lançamento da pré-candidatura à reeleição do presidente (Bolsonaro), e acredito que neste dia o ministro também deve fazer o lançamento da sua pré-candidatura ao governo”, disse Vitor Azevedo, que é chefe de gabinete de João Roma.

Segundo Azevedo, a tendência é que a chapa de Roma ao governo da Bahia seja formada pelos partidos: PL, PTB e Pros. A filiação de Roma ao PL significa a sua saída do Republicanos, partido que o indicou para assumir o Ministério da Cidadania. A tendência é que o Republicanos apoie a pré-candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia. Se nacionalmente o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, foi o que mais se beneficiou com a janela partidária, na Bahia, foi a legenda que mais perdeu deputados federais até o momento.

Três deputados federais do PL anunciaram que vão deixar a legenda. O deputado federal Raimundo Costa deixou a sigla de Bolsonaro para se filiar ao Podemos, agremiação que lançará o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, à Presidência. Já Abílio Santana deixou o PL para ingressar no PSC. O parlamentar José Rocha anunciou, nesta quinta-feira (24), que também já comunicou ao diretório nacional do PL a sua saída. Ele se filiará a um partido da base do pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil).

O deputado federal João Carlos Bacelar, conhecido como Jonga, no entanto, ficará no PL, segundo o novo presidente da legenda, Vitor Azevedo. Como o ministro da Cidadania, João Roma (hoje Republicanos), se filiará ao PL e renunciará ao posto no início de abril para ser candidato a governador da Bahia, ele voltará a ser deputado federal. A bancada do PL baiano, então, deixará de ter quatro cadeiras na Câmara dos Deputados para ter duas.

Outros partidos que perderam federais na Bahia: o PSB e o PDT, cada um, um deputado. O Podemos perdeu com a saída de Bacelar, mas ganhará com o ingresso de Raimundo Costa. Já Roma sairá do Republicanos, mas a tendência é que Marcelo Nilo se filie à agremiação.
No âmbito nacional, o PL ganhou 21 cadeiras. O União Brasil – partido do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto – foi o que mais perdeu: 26.