“O fato tomou conta do país, tendo a imagem da querelante circulado como uma pessoa associada às trevas”, disse o advogado da baiana.
A mulher que aparece no vídeo postado pela primeira-dama, associando o candomblé as trevas, registrou uma queixa-crime por injúria contra Michelle Bolsonaro e a vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos), de São Paulo. Jairã Andrade dos Santos, 53, afirmou ter sofrido ataques de intolerância religiosa após a divulgação de um vídeo no qual aparece dando um banho de pipoca no ex-presidente Lula.
A baiana, conhecida como Dekka Direitinha atua recepcionando convidados e turistas em eventos na Bahia há 20 anos, contou que a cena usada pela primeira-dama, ocorreu no dia 26 de agosto de 2021, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). “Essa primeira-dama, usou de má fé e querendo permanecer na boa vida de Brasília, difamou a minha imagem e as religiões afros”. Disse.
“O fato tomou conta do país, tendo a imagem da querelante circulado como uma pessoa associada às trevas em virtude de fazer parte de religião diferente a religião da Querelada, gerando danos à imagem, constrangimento e sendo motivo de piadas entre as pessoas. Portanto, pelos fatos narrados não restam dúvidas que a querelada foi autora do crime indicado, razão pela qual requer a sua condenação”, diz parte do documento feito advogado da baiana, Rodrigo Coelho. A ação foi ingressada na última sexta-feira (12) com a qualificadora em decorrência da raça, cor e religião e foi distribuído 1° Juizado de Nazaré, em Salvador.