Luiz Marinho diz que setores “aparelhados pelo bolsonarismo” querem forjar fatos. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a operação da Polícia Federal contra o governador de Alagoas.
A tensão aumentou no PT nesta semana: dirigentes do partido afirmam ter recebido a informação de que uma operação da Polícia Federal poderia atingir aliados de Lula a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais.
VENTO FORTE
“Recebemos informações de que setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos que justifiquem operações bizarras contra nosso campo democrático”, afirma o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho. Ele coordena a campanha de Fernando Haddad (PT) ao governo do estado de SP e integra também a campanha de Lula (PT).
VENTO 2
Marinho afirma que o partido já estuda “medidas judiciais para evitar essa violência contra a democracia”. Procurada, a PF não respondeu até o fechamento desta edição.
VENTO 3
A operação da PF que teve o governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB-SP) como alvo, na terça (11), fez com que o sinal de alerta soasse ainda mais forte no PT. O emedebista apoia Lula e é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que faz forte oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) no estado.
O histórico de eleições passadas também serve como reforço para o temor de uma operação às vésperas do pleito. Em 2018, por exemplo, o então juiz Sergio Moro incluiu uma delação de Antônio Palocci em ação contra Lula. A seis dias das eleições, levantou o sigilo das informações, atingindo a campanha de Fernando Haddad (PT-SP), que disputava a Presidência contra Jair Bolsonaro.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a operação da Polícia Federal contra o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e sugeriu que houve manipulação política.