Especialistas apostam em nomeação do petista, que representa uma nova linha de pensamento dentro do partido.
As notícias que surgem dos veículos de comunicação especializados no mundo financeiro, inclusive com avaliação de Lucas de Aragão, um dos mais respeitados mestres em ciência política, professor de risco político da FGV e sócio da consultoria de análise política Arko Advice. Que assegura inclusive, a possível data de nomeação, (entre 10 e 15 dias). Aragão espera o anúncio de um nome político que represente uma linha do “neo-PT” para assumir o cargo do ministério da Economia nas próximas semanas.
Segundo o analista, “tem mais chance ser um político no Ministério da Economia, principalmente pela necessidade de articulação com o parlamento, pessoa que possua requisitos necessários em gestão pública”, afirmou Aragão, durante evento promovido pela gestora de recursos do Bradesco nesta sexta-feira (4). Para ele, existem dois ex-governadores no páreo: Rui Costa e Camilo Santana, apesar de se especular também o nome do ex-ministro Alexandre Padilha. No entanto, entre os nomes que ele acredita com mais chances de assumirem o comando da Economia em 2023, Rui Costa aparece com uma probabilidade ao redor de 65%.
Na sua visão, Aragão estima 30% de chance de o ministro ser um nome mais pró-mercado, como Henrique Meirelles, ex-presidente do BC nos governos Lula 1 e 2, incluindo também nessa probabilidade os nomes políticos mais ligados ao “antigo PT raiz”, como Aloizio Mercadante, Guido Mantega ou Nelson Barbosa. Aragão prevê ainda que os dois primeiros ministros a serem conhecidos devem ser o da Economia e do Meio Ambiente — neste caso, para aproveitar o tema em voga por causa da COP27. “Acho que esses dois ministérios saem nos próximos 10, 15 dias.” Afirmou.
Além desta opinião, outros grandes nomes que avaliam o atual cenário e a necessidade de renovação de nomes dentro do PT, com ênfase para gente de confiança e representatividade para a eleição do Presidente Lula. Há diversas apostas que convergem para o nome de Rui como o mais mencionado. Governador por oito anos, ex-parlamentar, competente em gestão e bom articulador, haja visto o que conseguiu recentemente. Por todo currículo e domínio administrativo, pelas ideias inovadoras e uma visão atual de política, tudo caminha exatamente na direção do governador da Bahia, Rui Costa.
Muita gente ligada ao núcleo duro do partido, especialmente a ala mais conservadora, resiste à possibilidade. No entanto, as coisas vão se encaminhando favoravelmente e isso ocorrendo, será também um gesto de gratidão para com a Bahia, estado que sozinho, derrubou a frente de São Paulo e Rio de Janeiro com folga em favor de Lula. Se por um lado há quem demonstre ciúmes, por outro, existem prefeitos, deputados e muita gente na Bahia com os dedos cruzados, numa forte torcida por essa nomeação. Não para que se obtenha privilégios, mas, com certeza, para que a Bahia ocupe o lugar de destaque que tanto merece.