O governador eleito definiu a composição completa da sua equipe que ficará responsável pela transição de governo. As expectativas são de reforma administrativa e ajustamento em cargos comissionados.
Com o anúncio definitivo de nomes da equipe de transição, o novo governador da Bahia passa a tomar pé de toda a estrutura administrativa, um processo que promete não ser turbulento, até porque trata-se da continuidade de um projeto. Existem muitas especulações sobre posicionamentos e uma mudança geral na forma de tratamento, especialmente para os municípios de pequeno porte no interior, esses que foram decisivos para a vitória, devem ocupar mais espaço, inclusive na indicação de cargos de 1º, 2º e 3º escalão, que eram ocupados por apadrinhados de grandes caciques. Há quem aposte que o governador eleito vai limpar tudo, de zero a 100. Vai passar o rodo geral e não vai ficar pedra sobre pedra. Antigos figurões, políticos peso pesados e cargos de confiança gigantes vão todos para fora da estrutura. A ideia do governador é gente nova. Renovação 100%.
“Nós temos um time, então, o meu governo terá a marca desse time, com diálogo e cuidado com a nossa gente. Farei um governo de escuta e demarcarei a minha forma de gerir, com uma interiorização ainda maior das políticas públicas”, escreveu o gestor nas redes sociais. O petista dividiu em “Equipe de Transição”, “Conselho Político” e Estruturação dos Subgrupos” aqueles que estarão com a responsabilidade de levantamento de dados e análise do cenário atual da gestão do governador Rui Costa. Segundo a publicação, na Equipe de Transição compõem: Luiz Caetano (Serin), Carlos Mello (Casa Civil), Marcus Cavalcanti (Seinfra), Fabya Reis (Sepromi), Roberta Silva (Sesab), Adolpho Loyola e Felipe Freitas.
Já no Conselho Político estão presidentes de siglas que apoiaram o governador eleito no segundo turno: Éden Valadares (PT), o senador Otto Alencar (PSD), Alex Futuca (MDB), a deputada federal Lídice da Mata (PSB), Davidson Magalhães (PCdoB), Ivanilson Gomes (PV), Tum Torres (Avante), Elze Facchinetti (PSOL), Iaraci Dias (Rede), Héber Santana (PSC) e Alexandre Marques (Patriota). Existe muita expectativa sobre a forma de relacionamento do novo governador para com os grupos de prefeitos que compõem regiões específicas, bem como o pensamento de Jerônimo sobre o papel dos Consórcios intermunicipais. Uma coisa parece estar muito bem definida, ele sabe exatamente o peso de cada liderança e o que cada um representou na eleição. Jero não vai comer gato por lebre, não deve cair em ciladas de lobos em pele de cordeiro na hora da divisão do bolo.
Os partidos devem encaminhar para a Equipe de Transição indicações para composição dos subgrupos de Povos Tradicionais; Indústria, Comércio e Serviço; Infraestrutura; Mobilidade; Trabalho, Emprego e Renda; Sustentabilidade Ambiental; Saneamento e Recurso Hídrico; Desenvolvimento Rural; Agronegócio; Ciência e Tecnologia; Turismo; Saúde; Cultura; Habitação; Segurança Pública; SJDHDS; Criança e Adolescente; Educação; Política para Mulheres; Sistêmicas e Entidade Metropolitana. Os subgrupos têm o objetivo de analisar e compatibilizar as propostas do Programa de Governo Participativo (PGP) e organograma, que demandem mudança no desenho institucional. “Vamos ampliar os esforços para que cada região tenha maternidades e serviços de alta complexidade para partos difíceis. E que esses serviços possam ser oferecidos o mais perto de casa das mulheres”, emendou.