Otto Alencar é outra figura cotada, no entanto, pessoas ligadas a Lula apostam que o novo presidente precisa muito mais dele no senado.

Aliados que tiveram contato com Lula na viagem ao Egito e pelo telefone, do Brasil, dizem que a cobrança e a pressão para que ele escolha logo seu ministro da Fazenda estão deixando o presidente eleito irritado. Cada vez que se fala no que o mercado financeiro pensa ou quer para o ministério, ele pragueja. Não só por causa do mercado em si, mas porque ele tem uma conhecida aversão a ser pressionado.

Nas conversas com os aliados, ele tem evitado falar em nomes e diz que só vai anunciar os novos ministros em dezembro. Mas a alguns dos parceiros de política e de campanha, Lula já disse que terá que acomodar quatro pessoas em especial. Uma delas é o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), que o presidente eleito quer na Justiça. A questão, por ora, é só saber como vai ficar a configuração da pasta: se continuará como é hoje ou será dividida entre Segurança Pública e Justiça, algo que Dino não quer.

Outras duas figuras que Lula quer no primeiro escalão são os cearenses Izolda Cela (sem partido) e Camilo Santana (PT), respectivamente a governadora do Ceará e o ex-governador. Ambos são fortes candidatos ao comando do ministério da Educação. E se Camilo virar ministro, Izolda pode vir a ser a secretária de Educação Básica, por exemplo.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT), também serão contemplados, mas nem Lula decidiu ainda se na pasta do Planejamento, nas Cidades, na presidência da Petrobras - que não é um ministério, mas tem mais poder e orçamento do que muitos deles, ou ainda na pasta de relações exteriores.

Isso é o que Lula já disse a aliados que fará, sem contar os outros parceiros de campanha e da época da prisão que certamente ele manterá por perto. O senador da Bahia, Jaques Wagner (PT), deve fazer parte da equipe de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A especulação mais recente é que ele pode ser Ministro das Relações Exteriores.

Segundo os próprios petistas, terão lugar cativo na Esplanada a dirigente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), Aloizio Mercadante (PT-SP), coordenador dos grupos técnicos da transição, Fernando Haddad, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede-SP) e a recente aliada Simone Tebet (MDB-MS). Só não peça a Lula para dizer quem ele quer colocar na Fazenda. Isso, por ora, ele não diz.