Juntamente com os demais indicados, Rui discutirá organograma do futuro governo. “Farei gestão, não articulação política”, disse o governador que está encarregado de tirar do papel o programa de Lula.

O papel de Ministro da Casa Civil, um dos mais importantes cargos em Brasília depois do presidente, será desempenhado de forma mais técnica, com foco em ações, obras e gerenciamento de todos os ministérios. Não será necessariamente ligado às articulações políticas. Pelo menos foi isso que se compreendeu na fala do Governador da Bahia Rui Costa, que vai estar comandando a pasta a partir de 1º de janeiro.

Confirmado nesta sexta-feira (9) como futuro ministro da Casa Civil do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que no comando da Casa Civil fará gestão e não será responsável pela articulação política. “O desafio que o presidente (Lula) nos deu foi coordenar as ações prioritárias e o objetivo é materializar o programa de governo. O carro-chefe é a PEC (da Transição) que é o início do trabalho para alcançar o fim da fome”, disse Rui. “É uma função de gestão, não farei articulação política. O presidente nomeará quem fará”, acrescentou.

O mais cotado para a articulação com a Câmara e o Senado, é o ex-ministro Alexandre Padilha (PT-SP). Rui confirmou que vai participar da reunião neste domingo (11), em que Lula discutirá o organograma do futuro governo. Definindo exatamente um esboço sobre a atuação de cada um dos já anunciados.

O governador baiano disse ainda que uma das prioridades no governo será alavancar investimentos privados, tocar obras e coordenar ações de governo. O próximo ministro afirmou que vai estudar maneiras de acelerar a conclusão de obras paralisadas. Avaliou que o quadro é “muito grave”, e indicou que o governo eleito deverá ouvir o setor público e atores privados para mexer na regulamentação do Marco do Saneamento.