Definitivamente a campanha para as eleições municipais de 2024 já está literalmente deflagrada na região. Na maioria absoluta das cidades as articulações e alianças estão acontecendo a todo vapor.
Quem esperava ver as famosas manifestações de bastidores, visando as eleições de 2024 somente a partir de janeiro do ano eleitoral, está se surpreendendo com a velocidade das articulações internas em partidos e grupos políticos. Isso já estava evidenciado desde o ano passado, quando se encerraram as eleições gerais. Ocorre que, na maioria dos municípios, prefeitos já reeleitos terão que decidir sobre um único nome para a sucessão e existem diversas aspirações nos grupos situacionistas, o que vem gerando uma antecipação das discussões e em muitos casos desgastes, insatisfações e até os famosos rachas.
A situação de momento é delicada e exige habilidade do líder político que comanda, pois, cada caso é um caso. Existem cidades em que se a decisão não for tomada de forma firme e antecipada, os prejuízos poderão ser irreversíveis lá nas vésperas de uma eleição. Há casos de pessoas que almejam a indicação, estão no governo, beneficiando-se e articulando com influência e recursos da gestão, quando na verdade, talvez não serão os escolhidos. Isso é o maior risco para o gestor que deseja postergar uma decisão, pois, estará criando cobra para lhe atacar no futuro, já se percebe insatisfações e até negociações de aliados de peso, com grupos oposicionistas, por conta dessa indefinição.
Também existe gente infiel em todos os sentidos da palavra, que comprovadamente não possui capital político e eleitoral, que além de se locupletar com cargos importantes na gestão, se vangloria protegendo ‘gente de má fé’ e de quebra, chantageia atacando pessoas de bem, lideranças capazes de decidir uma eleição. Já para os prefeitos que buscam a reeleição, as coisas não se mostram tão turbulentas assim. No máximo uma reorganização interna, ajustes na equipe de governo e foco nas obras e ações a serem concluídas, com projetos que devem permear um provável segundo mandato. É evidente que existem exceções, com prefeitos mal assessorados, mal avaliados e que vão muito mal nas pesquisas. Esses só o tempo dirá seus destinos.
Enquanto isso, existem também grupos oposicionistas que além de comemorarem tais atritos e dificuldades com as definições, estão esperançosos em quem sabe, terem a oportunidade de voltara disputar e até vencer algumas eleições onde a discórdia plantada pelos egoístas infiéis, imperar no ninho situacionista. Nos municípios em que o prefeito vem mal, naturalmente a oposição se agiganta e amplia as chances de vitória já refletidas em pesquisas de opinião. A coisa é delicada e justifica de fato toda esse rebuliço de bastidores, pois exige decisões acertadas, sob pena de um anuncio tardio não ser capaz de manter a unidade. Evidentemente que todo esse barulho e os rumos a serem seguidos, não significam o início de uma campanha, mas será sem dúvidas, o sacolejo de arrumação para que não se perca as estribeiras.
Em Guanambi, o ex-governador e atual prefeito pela quarta vez, Nilo Augusto de Moraes Coelho, aos 80 anos, é um político experiente e demonstra estar disposto a concorrer em busca do seu quinto mandato. Nilo é o líder que mais ocupou o cargo no município. Já em campo para pavimentar esse sonho, em um encontro com o ex-prefeito Jairo Magalhães, Nilo selou as tratativas para nomeação do ex-adversário para o cargo de secretário de Planejamento do município de Guanambi. O ex-prefeito Jairo, já foi também vereador, presidente da Câmara Municipal, secretário Municipal e recentemente ocupou o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Urbano – (SEDUR) pelo período de oito meses.