Com 337 votos a favor e 125 contra vitória na Câmara é considerada uma ‘carta de crédito’ ao governo Lula. Mais recursos de emendas serão liberados na novas votações importantes
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (31), a MP que organiza os ministérios do governo Lula (PT). A aprovação da medida foi uma “carta de crédito” dos parlamentares ao governo e agora, o movimento vai ser de cobrança. O governo já entendeu que a aprovação da MP não é uma vitória dele, é apenas uma carta de crédito que recebeu e, agora, vai ter que abrir uma negociação política”, diz.
Para a aprovação da medida, Lula intensificou as articulações para conseguir a análise do texto. O governo também liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares no “dia D” de votações. o clima na Câmara era de alívio e não houve espaço para comemoração. Não há uma outra forma de diálogo, sem dinheiro os deputados não votam. Bom para municípios que esperam ansiosos estas emendas para “saírem do sufoco”.
Não houve comemoração, ninguém comemorou. Foi um clima, de fato, de alívio na Câmara dos Deputados. Esse resultado elástico já estava sendo projetado a partir do momento de uma votação prévia, que mediu esse placar acima de 300 pró governo. Se há algo de positivo em toda essa pressão dos deputados, é saber que tais emendas, especialmente as de custeio, irão aliviar os cofres das prefeituras beneficiadas. É claro que existem “as negociações obscuras”. no entanto, faz parte do jogo.
O texto foi aprovado por 337 votos a favor, com 125 contrários e uma abstenção. O movimento agora vai ser cobrar resultados do governo, principalmente, para resolver pendências colocadas pelos parlamentares durante a negociação, inclusive aqueles que conversaram com o presidente Lula. Editada por Lula em janeiro, a MP criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas. Se perder a validade, a Esplanada, hoje com 37 pastas, retornará ao formato de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 23 ministérios.