Denúncias de fontes idôneas que chegaram à redação do Jornal O Eco, confirmam as afirmações e indicam que gente da assessoria da prefeitura, que também atuaria como hackers na região, pode estar envolvida nessa rede.
Fontes idôneas, apresentaram graves denúncias ao Jornal O Eco, sob a condição de que sejam preservadas as suas identidades, temendo represálias e até ameaças contra suas integridades físicas e a segurança de seus familiares. Após o contato com jornalistas do Eco, receberam a garantia de que, nem sob tortura, os profissionais revelariam seus nomes, relataram coisas absurdas que supostamente podem estar acontecendo dentro da prefeitura de Rio de Contas. Trata-se de produção em série de fake news, recheadas de calúnias e ataques à honra de adversários do grupo do prefeito, contra políticos, lideranças, pessoas do povo, famílias, jornalistas e até contra filhos da terra, ex-funcionários, que não mais concordam com as posturas adotadas. As fontes relatam ainda, que a Polícia Civil, a Secretaria de Segurança Pública e até a assessoria do Governador Jerônimo, já foram avisados, estando as autoridades de posse de nomes dos supostos criminosos, que acreditam estar blindados enquanto ocupantes de cargos públicos na prefeitura. E pasmem! As afirmações são de que o próprio prefeito estaria sendo permissivo em relação a esses crimes nas dependências do poder público municipal.
A intensificação das investigações agora cabe a polícia, que segundo as mesmas fontes, possuem nomes de suspeitos, que incluem uma Secretária e Secretários do prefeito, além de gente da informática e comunicação da prefeitura, que vêm ampliando os ataques ao longo dos anos, chegando ao ápice no ano passado, após a debandada de aliados que não concordaram com decisões equivocadas que culminaram com sucessivas derrotas do atual gestor. As acusações são gravíssimas e espera-se que tenham desdobramentos o mais breve possível, para que a democracia, a liberdade de expressão e até a integridade moral e física dos moradores sejam asseguradas e protegidas de ataques cruéis e criminosos.
É acima de tudo, um dever do jornalismo proteger o sigilo da fonte que lhe confia informações sobre crimes ou denúncias sobre ilícitos. Além disso, é uma garantia constitucional prevista no art. 5º, inciso XIV, in fine, da Constituição Federal. Se algum fato chegou até o profissional da imprensa, por meio de uma fonte, verificando que se trata de notícia que envolve pessoas públicas e são assuntos de interesse público, é esperada a divulgação da informação. E, por expressa determinação da Constituição, o jornalista não é obrigado a revelar a sua fonte, mesmo que sob tortura ou ameaça.
Diz a Lei que não pode, também, por via indireta, quebrar-se o sigilo telefônico do jornalista e nem haver a busca e apreensão de seus instrumentos de trabalhos. Cabendo a autoridade policial buscar meios legais para apurar as denúncias, através da investigação dos fatos que já foram comunicados no DP de Livramento, respeitando-se, assim, a garantia constitucional do sigilo da fonte jornalística.
A Constituição, ao proteger o trabalho do jornalista sério, garante, na verdade, o direito à informação e a preservação da liberdade de imprensa, a qual é oxigênio para a própria democracia, pois significa a existência de uma população bem-informada sobre qualquer assunto de interesse público e verdadeiro. Confiamos plenamente nos trabalhos da polícia, do MP e do judiciário, para que esse fato horripilante seja esclarecido o mais breve possível. Pois, já vencemos o período em que as redes sociais e aplicativos de mensagens foram armas para destruir reputações de opositores, destruir famílias atacar comunidades e a própria democracia. O desejo da comunidade de Rio de Contas e da região, que assiste a aterrorizada tais episódios, é que haja intervenção das autoridades e que os autores não fiquem impunes.