Márcio Farias
Rio de Contas comemora nesta data (27/11/2013) 290 anos de sua emancipação política e autonomia administrativa. A festa e as homenagens são para todos os que, de alguma forma,contribuíram para o desenvolvimento e progresso do município. Nesta data magna, fica registrado as mais justas homenagens e os sinceros agradecimentos aos que deram com o seu trabalho a contribuição na agricultura, indústria, artesanato, serviços, comércio, sustentando a base da economia do município. Uma homenagem especial ao professorado, mola mestre da educação, cultura e cidadania,preparando nossas crianças e jovens para o futuro. À conquista do IDEB em grau elevado pondo Rio de Contas como destaque na Educação Nacional.Estendemos essas homenagens aos profissionais da saúde, da justiça, do direito, da segurança pública, transporte,comunicação, esporte e lazer, ao Clero Católico, ao protestantes, espíritas, ao candomblé, enigma todas as religiões. Ninguém há de ser esquecido, até porque, de alguma forma, todos vem contribuindo pela grandeza do município. As homenagens são também para os bons políticos que prestaram e aos que ainda prestam seus bons ofícios à causa publica,desinteressadamente, colocando em primeiro plano os interesses do povo e do município. Enfim, devem ser lembrados os imigrantes, sobretudo portugueses e africanos,que aqui chegaram séculos atrás, cujas descendências lutam conosco até hoje na esperança de dias melhores para todos, fazendo parte da grandeza municipal. Portanto, recebam as mais justas homenagens e os mais sinceros agradecimentos do povo riocontense. Parabéns Rio de Contas pelo seu aniversário e muitas felicidades ao seu laborioso povo.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Quem vive em Rio de Contas sabe!
Cecília Meireles