Candidatos a governos estaduais que ainda não se alinharam ao ex e o atual presidente começam a se movimentar.
Com o avançar na corrida presidencial deste ano, os pré-candidatos aos governos estaduais se movimentam para colar as suas candidaturas às dos pré-candidatos que dominam as pesquisas de intenção de voto ao Planalto. Com a forma como se desenha, o pleito deve ser marcado pela polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Já pode ser percebido, então, os movimentos de pretendentes aos Executivos dos estados se aliarem ao petista ou a Bolsonaro, como observou a coluna “Tales Faria”.
Na Bahia, no entanto, o pré-candidato que se destaca como líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) segue sem declarar aliança com Lula ou Bolsonaro, o que tem assombrado os aliados de Neto no Congresso, de acordo com o colunista, por causa do histórico de derrotas de outros candidatos ao governo que antes eram considerados favoritos, mas que foram superados por nomes que receberam o apoio do ex-presidente Lula.
Faria lembra a vitória do atual senador Jaques Wagner (PT) em 2006, que venceu Paulo Souto (PFL) no primeiro turno. Os levantamentos da época mostravam que quem venceria a primeira rodada do pleito seria justamente o candidato carlista. Ele cita também a vitória de Rui Costa em 2014 com o apoio de Lula, ainda que a popularidade do PT já se mostrasse desgastada junto ao eleitorado na ocasião.4
Neste ano, novamente com o apoio do ex-presidente petista, o PT baiano coloca na disputa eleitoral para o Palácio de Ondina o ex-secretário de Educação Jerônimo Rodrigues, que tem 37% das intenções de voto, como mostrado na pesquisa Genial Quaest, quando é apresentado como o candidato de Lula.
O pré-candidato do PL, João Roma, por sua vez, tem a sua candidatura associada ao presidente Jair Bolsonaro. Ex-aliado de Neto, Roma tem aumentado o tom das críticas ao ex-prefeito soteropolitano, que se vê isolado da polarização nacional.