Pessoas de Paramirim e de outras cidades circunvizinhas como Caturama, Botuporã, Tanque Novo e Érico Cardoso e Rio do Pires, estiveram nas ruas da cidade, em ato de protesto, contra a construção de uma adutora que levaria água para abastecer mais cinco cidades do Vale.

A iniciativa do Governo do Estado gerou o protesto, que reuniu representantes de Sindicatos, Associações, entidades civis, autoridades, e gente do povo, que com apitaço, faixas, cartazes e gritos pela união de forças, buscaram sensibilizar representantes das Bacias do Rio Paramirim e Santo Onofre, bem como, representantes da CODEVASF, MNISITÉRIO PÚBLICO e SECRETÁRIOS do GOVERNO, que participavam de uma audiência no Centro de Cultura Nabor Caíres de Brito. Os manifestantes reivindicaram o cancelamento da licitação da adutora, porém, seguindo os trâmites legais, o Comitê de Bacias, decidiu sugerir a suspensão imediata da licitação e consequentemente do início das obras, pelo período de 30 dias, até que se chegue a um consenso. Os representantes do Governador acataram a proposta e prometeram o prazo para rever as condições, bem como, alternativas como a construção das barragens no Rio da Caixa e Rio dos Remédios, que seriam interligados ao sistema do Zabumbão.

Conforme anunciamos anteriormente, a principal reivindicação foi o cancelamento do projeto da adutora, uma vez que, segundo os manifestantes, a barragem não suportaria abastecer mais 150 mil pessoas além do que já fornece.

A manifestação ocorreu de forma pacífica, segundo informações da Polícia Militar, na pessoa do comandante do destacamento, Sargento Manoel, cerca de 5 mil pessoas, estiveram presentes, esperançosas de que suas vozes serão ouvidas e outras alternativas sejam efetivamente implantadas, para atender às necessidades dos demais municípios, `a exemplo do antigo projeto de construção de uma grande barragem no Rio Santo Onofre.

No Salão Nobre do Centro de Cultura Nabor Caíres de Brito, o prefeito Dr. Júlio Bernardo, Vereadores, Diretores da CODEVASF, representantes do Governador do Estado, Ministério Público, Comitê de Bacias e representantes de entidades, fizeram o uso da palavra, expondo cada um a sua visão sobre os fatos até aqui ocorridos, bem como, discutiram os caminhos a serem percorridos, para que se obtenha um consenso. 

Os pronunciamentos  se estenderam até à tarde, intermediados com maestria pela Promotora Dr.ª Lucian Koury, que administrou os embates e conseguiu alcamar os ânimos para que tudo transcorresse dentro da normalidade. Ao final, foi proferida a decisão do Comitê, em encaminhar  a proposta de suspensão ao Governo do Estado.

O ponto negativo desse evento, foi a escancarada atitude de "alguns", que, conforme havia adiantado o jornal O Eco, se aproveitaram, para utilizar o ato democrático e a mobilização pela água, para se autopromoverem, atacando autoridades e pessoas, sentiram-se no direito de abordar temas políticos e tecerem acusações sobre outros fatos isolados que nada tinham de ligação com o objetivo real do encontro.

Algumas figurinhas já conhecidas da população, se aproveitaram para disseminar a discórdia, incentivando vaias, atribuindo culpas e até mentiras sobre o processo em andamento. 

A verdade é que o povo veio de Botuporã, Caturama, Rio do Pires e Tanque Novo, se juntou aos de Paramirim, para manifestarem-se contrários à construção da adutora para outros municípios, por terem a convicção de que a barragem não suportaria. Ficando alheios aos assuntos politicos partidários locais.

Existiu inclusive a fala infeliz de um certo advogado, que criticou matéria do Jornal O Eco, na qual afirmamos que estavam incentivando a guerra burra pela água, referindo-nos ao posicionamento dos lideres da manifestação, que em nenhum momento se preocuparam com a sáude da barragem, a poluição das nascentes, o assoreamento, só se preocupando em não deixar a água descer.

Burro e oportunista é esse tal advogado, líder de araque, que ignorou toda a história de lutas desse jornal,  tetemunhada por todos na região, que acompanham as nossas preocupações e lutas pela preservação, pela recuperação, pela revitalização e zelo com a barragem. O tal indivíduo, aproveitou-se de um momento de euforia dos presentes para tentar denegrir a imagem de um veículo de comunicação de respeito e história em defesa do cidadão. Se queres aparecer, que coloque uma melancia no pescoço e não tente manchar a trajetória vitoriosa de profissionais da comunicação que cumprem com o seu papel social.

Apenas para que fique registrado mais uma vez, o Jornal O Eco sempre lutou e continuará com a sua postura ética e consciente em defesa da Barragem do Zabumbão, assim como estivemos presentes em diversos embates, ligados à questão da barragem. Fomos os unicos a tomar iniciativas como a proibição da pesca na piracema, denunciamos os garimpos clandestinos, o loteamento da área por cercas particulares, defendemos a comunidade da antiga Lagoa do Mato na questão da indenização a eles devida, dentre tantas outras ações que consideramos importantes para a saúde da bacia e não foram sequer citadas oportunista de plantão.