55% das pessoas infectadas no sudoeste baiano estão curadas da COVID-19

Há quase 100 dias vivendo em isolamento social, aterrorizada em meio a tantas notícias difíceis relacionadas à pandemia do novo coronavírus, a sociedade da região sudoeste da Bahia, diante do verdadeiro bombardeio de notícias desanimadoras, muitas vezes não se dá conta de que existem alguns dados que servem de alento, mas, quase sempre ficam de lado. Esse é o caso das estatísticas de cura que também merecem amplo destaque.

Estudos realizados com números de todos os municípios que compõem o sudoeste do estado, indicam que a quantidade de pessoas totalmente curadas da COVID-19 é imensamente maior ao número de óbitos. Mesmo com a curva crescente de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, um número expressivo de pessoas também estão em recuperação e com chances de sobreviverem à doença. Se somados os que já receberam alta aos que estão se recuperando bem, chega-se a uma margem de 86% dos infectados.

Evidentemente ninguém deseja adquirir a doença para fazer parte de tais estatísticas, afinal, muito pouco ainda se sabe sobre a reação de cada metabolismo ao vírus. No momento, apesar de se ensaiar reaberturas e retomada gradual das atividades devido a situação de crise financeira que se instala, a prevenção, higiene pessoal, o distanciamento social e uso da máscara protetiva, devem fazer parte obrigatoriamente do cotidiano das cidades do nosso sertão por um longo tempo.

Apenas para registro, a região Sudoeste da Bahia possui atualmente 2.319 casos confirmados da doença, desse total mais da metade das pessoas infectadas, cerca de 55% venceram a doença e estão completamente curadas, o que corresponde a 1.281 pessoas. Alguns municípios apresentam números satisfatórios, como Boquira que de 10 casos, 09 estão recuperados; Dom Basílio todos os 03 infectados também tiveram alta. Paramirim e Rio do Pires, infelizmente registraram 01 óbito cada, no entanto, também apresentam bons índices de recuperação.

Em todo sudoeste, uma parcela estimada em 30% da população que foi contaminada segue em recuperação nos hospitais ou em casa, sendo monitorados com a forma mais branda da doença, enquanto que uma média de 15% dos contágios atingiram de maneira mais severa as pessoas, o que significa cerca de 348 pessoas em tratamento intensivo, lutando pela vida. No Vale do Paramirim, apenas Botuporã, Caturama e Érico Cardoso seguem sem registro de casos.