Policiais continuam investigações e existem mais pessoas sendo procuradas através das ações preventivas de autoridades de segurança e educação.
Ao menos nove adolescentes já foram apreendidos pela Polícia Civil na capital e no interior do estado por possível envolvimento e propagação de ameaças de ataques contra escolas. Nessa terça-feira (11), durante a Operação Escola Segura, desenvolvida para prevenir e reprimir ataques nas instituições de ensino em todo o país, equipes da Polícia Civil apreenderam cinco adolescentes em Juazeiro, Iaçu, Maiquinique, Paratinga e Itapetinga. Outros quatro confirmados pela pasta foram apreendidos nos municípios de Salvador, Ituberá, Vitória da Conquista e Itarantim na segunda-feira (10).
De acordo com Delmar Bittencourt, coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil (Cyberlab), é possível que o número de apreensões seja ainda maior. “Tem outros casos, mas ainda não compilamos os dados de hoje [ontem]. A quem está disseminando boatos de ataque nós estamos levando busca e apreensão nas residências e levando a unidade da polícia para analisar qual é o teor da mensagem e responsabilizar pelo crime praticado”, afirma o delegado.
Para realizar o controle de ameaças de ataques contra escolas, a Polícia Civil está trabalhando junto ao Ministério da Justiça e à Secretaria de Segurança Pública (SSP) para fazer buscas nas redes sociais e checagem de denúncias. Até o momento, no entanto, não há estimativa de quantas denúncias foram feitas ou quantos boatos foram analisados.
Segundo o delegado Delmar Bittencourt, o processo de monitoramento de possíveis suspeitos começa quando a Polícia Civil recebe a informação de ameaça. A partir daí, as equipes fazem um filtro para saber se o compartilhamento é da Bahia ou de outro estado.
“Se for na Bahia, analisamos todas as características e, se entendermos que é necessário dar seguimento às investigações, em um trabalho de inteligência maior, nós chegamos até os autores”, detalha.
Quem estiver encaminhando informações falsas com intenção suspeita de cometer crime é identificado e a Polícia Civil pode fazer busca e apreensão para localizar armas, apreender dispositivos e verificar se há uma rede por trás das ameaças.