Segundo o jornalista Levi Vasconcelos, “nem tanto”. Já Ari Carlos da Séculos Pesquisa, diz que “se o prefeito for bom, bem avaliado, é claro que ajuda. Se for inverso, pode até prejudicar”.
Com as definições de pré-candidaturas ao governo do estado, vivemos a corrida desenfreada em busca de apoio dos prefeitos, definições das lideranças, é visível a pressão de parlamentares e assessores, na captura de apoios importantes, buscando oportunidade de registrar aquela foto oficial ao lado do pré-candidato. Como as decisões se deram pela capital, os prefeitos se viram em um fogo cruzado, buscando decidir o que é melhor para seu grupo, para o seu município.
De acordo com a coluna de Levi Vasconcelos no A Tarde, a saída de João Leão e o seu PP da base do governo e a caminhada do MDB no sentido oposto provocou implosões nos dois partidos, forçando prefeitos a eles ligados a tomar lado. Leo de Neco, de Gandu, do PP, decidiu ser leal a Rui Costa. Já Zé Cocá, de Jequié, também do PP, ficou com Leão. E no MDB figuras tradicionais na sigla, como a família Hage, em Itapetinga, que hoje tem como prefeito Rodrigo, fecharam com ACM Neto.
Claro que tais movimentos turbinam o tititi do jogo político, mas prefeito influencia mesmo na eleição de governador? Segundo Ari Carlos, do Instituto de Pesquisa Séculos, é relativo. “Se o prefeito for bom, bem avaliado, é claro que ajuda. Se for o inverso, pode até prejudicar”.
Pelo deputado — Diz o deputado Alan Sanches (UB) que bem olhado talvez seja um pouco mais que isso. “O prestígio do prefeito se mede é pela votação do deputado. Quanto mais voto o deputado apoiado por ele tiver, melhor para o jogo. Já Vando, ex-prefeito de Uauá, no sertão baiano, vai na mesma pegada de Ari. “O bom ajuda e o ruim atrapalha, eis a questão”.
Mas ele ressalva que vez por outra acontecem fenômenos atípicos, como Waldir Pires em 1986 e na disputa de 2006, quando Paulo Souto, governador, contava com o apoio declarado de 370 dos 417 e perdeu para Wagner. Seja como for, é sempre bom ter um bom do lado.