Fato inédito na região, após a renúncia dos componentes da Mesa Diretora, tendo o presidente se ausentado sem qualquer justificativa pela 2ª sessão consecutiva, a maioria dos edis deliberou pela realização de novas eleições.
A equipe de reportagem do Jornal O Eco acompanha de perto um fato inédito que ocorre no poder legislativo de Caturama, quando, há alguns dias, por desentendimentos e motivos alheios ao conhecimento público, toda a mesa diretora da Câmara Municipal, exceto o presidente, decidiu renunciar aos cargos que ocupavam, causando uma situação de impasse, uma vez que, sozinho na direção dos trabalhos, o então presidente na sessão do dia 03 de março, tentou recompor os cargos vagos, convidando edis interessados em assumir a composição da mesa. Diante da negativa de todos os vereadores presentes em aceitarem o convite, o presidente encerrou a sessão, permanecendo o impasse e consequentemente a paralização dos trabalhos do legislativos.
No dia 10 de março, quando deveria acontecer a sessão ordinária, momento em que obrigatoriamente os vereadores teriam que ter soluções para esse imbróglio, o então presidente solitário, não compareceu e nem justificou a sua ausência no recinto da Câmara. Permanecendo a incômoda situação e diante das cobranças da população para que a Câmara Municipal volte a funcionar, cumprindo o seu papel enquanto instituição, foi protocolado um requerimento, assinado pela maioria dos vereadores, convocando uma sessão extraordinária para o dia 15 de março, tendo como pauta a discussão e resolução do impasse, uma vez que o regimento interno da casa é omisso neste aspecto, pela legalidade, teria o assunto que ser debatido em plenário.
Nossa reportagem esteve presente mais uma vez na sessão de ontem (15), constatando que novamente o presidente não compareceu e não justificou a sua ausência. Diante de extrema gravidade e a cobrança crescente da população que compareceu em bom número na Câmara, valendo-se do que determina o regimento interno, o vereador mais votado nas eleições municipais, Jonas Bonfim, assumiu a presidência de forma interina, para presidir a sessão, colocando para o plenário a discussão e votação sobre as medidas corretas a serem adotadas. Após leitura do requerimento e manifestação dos vereadores, uma vez destituída toda a mesa diretora anterior, deliberou-se com 06 votos favoráveis e duas abstenções, pela realização de uma nova eleição para a mesa diretora da casa legislativa.
O presidente em exercício, vereador Jonas Bonfim, acatando a decisão da maioria, convocou a próxima sessão para ser realizada no dia 17, próxima sexta-feira, tendo como pauta a apresentação de chapas que desejarem concorrer e em seguida a realização da nova eleição para todos os cargos da Mesa Diretora, que deverá ter vigência até 1º janeiro 2025, quando acontece a posse dos eleitos em outubro de 2024, ocorrendo assim naturalmente, uma nova eleição para o biênio 2025/2026. Segundo apurado pela reportagem em Jornal O Eco, com a renúncia de todos os membros da antiga Mesa Diretora e não havendo possibilidade de recomposição dos cargos, também ficou destituído automaticamente o antigo presidente. “O procedimento correto foi adotado, com base no que determina o regimento interno. Estamos um pouco mais aliviados, pois é grande a nossa responsabilidade para com nossos cargos e atuação. A sociedade esperava uma solução imediata e nós parlamentares municipais tínhamos o dever de agir”. Disse um dos vereadores presentes.