Família afirma que o casal se conheceu através de aplicativo de namoro e que não aprovava o relacionamento. Tancredo Neves teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
O suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires confessou que utilizou um cinto de segurança para estrangular a vítima. A mulher foi encontrada morta no último domingo (11), dentro do próprio quarto, em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador. As informações são da TV Bahia.
Em depoimento à polícia, Tancredo Neves disse que “girou o cinto de segurança no pescoço dela” para se defender de agressões durante uma discussão e que inventou a versão de que os dois teriam sido sequestrados.
Segundo ele, os dois saíram para beber, em Santo Antônio de Jesus, e Patrícia teria ficado alcoolizada. Durante viagem para Salvador, Tancredo Neves disse que eles pararam para urinar e seguiram o trajeto. Porém, ao passarem por um pedágio, ele disse para a mulher que o casal deveria repensar a relação.
De acordo com o suspeito, ao falar isso, Patrícia se descontrolou e teria dito que mataria a família e a filha dele. Além disso, teria puxado o volante do carro, provocando a batida em uma árvore. Depois, ela começou a bater e Tancredo utilizou o cinto de segurança para enforcar a mulher, com o objetivo de fazê-la parar e não de matar a delegada.
Ao perceber que Patrícia estava desacordada, o homem desceu do carro e ligou para a polícia. Neste momento, decidiu inventar a versão do suposto sequestro para tentar se livrar da culpa.
O casal estava junto há quatro meses e iria se casar na próxima quarta-feira (14). Ainda segundo ele, houve agressões verbais ao longo desse período, mas negou que tenha ocorrido qualquer episódio de violência física ou sexual.
Tancredo Neves teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após audiência de custórida realizada nesta terça (12). Ele foi autuado em flagrante e detido pela polícia no dia do crime. Ele já responde por uma série de processos por violência.