“Operações se fortalecem para continuar a guerra contra as facções e a Bahia não terá intervenção federal”. Disse o Governador.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), falou sobre a violência no estado, durante um evento em Brasília. De acordo com ele, os governos estadual e federal estão alinhados para combater as facções criminosas, apontadas como principal causa do avanço da criminalidade no estado. “Nós temos equipamentos, automóveis blindados foram enviados, temos a plena certeza que a gente vai conseguir sair dessa”, afirmou.
A Bahia registrou mais de 54 mortos em confrontos, incluindo policiais durante o mês de setembro, entre eles o policial federal Lucas Caribé. A maioria delas aconteceu em bairros periféricos de Salvador, como Valéria, Águas Claras, Calabar e Alto das Pombas. No mês de agosto, um acordo entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e a Polícia Federal foi assinado, e assim surgiu a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), dos governos estadual e federal, com o objetivo de reforçar o combate a grupos criminosos.
O prazo de vigência do pacto é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Apesar disso, o governador da Bahia acredita que não há necessidade de uma intervenção federal. O ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também deu a mesma declaração. “Qualquer gestor tem que ter a consciência de quando precisa, tem que pedir ajuda. Nós pedimos ajuda ao governo federal nas operações parceiras, mas isso não é o conceito de intervenção”.
O governador ainda falou sobre o número de mortes nas operações. Segundo ele, “não há ordem para buscar cadáveres” e o plano de ação da polícia consiste na atuação da inteligência das corporações. “Não há ordem nenhuma nossa de buscar cadáver nem de criminosos, muito menos de pessoas inocentes e de profissionais da segurança pública. No entanto, a Bahia não vai ser dominada pelo crime organizado e os esforços são para devolver a segurança e a paz aos nossos cidadãos”, disse.