Por volta das 3:15 da manhã, o reservatório atingiu o seu limite máximo de armazenamento e derramou água no vertedouro inundando as margens do Rio Paramirim.
Há exatos 10 anos, foi o último episódio registrado, quando a Barragem do Zabumbão, localizada no município de Paramirim, sudoeste baiano, atingiu o seu limite máximo, derramando pelo sangradouro grande quantidade de água. O reservatório do Zabumbão com capacidade de armazenamento de cerca de 74 milhões de metros cúbicos, abastece hoje os municípios de Paramirim, Tanque Novo, Botuporã e Caturama.
Desde o início deste sábado (25), entidades que administram, fiscalizam e monitoram o uso e volume das águas da Barragem, já emitiam alertas sobre os riscos do derramamento de água. Agricultores e moradores ribeirinhos foram avisados para que retirassem equipamentos e deixassem as margens do rio. Também a Prefeitura Municipal emitiu nota de alerta, proibindo banhos no balneário, bem como visitas a área da barragem. Apesar dos alertas, ainda houveram pessoas que resistiram e desde a madrugada até a manhã deste domingo, tentavam salvar equipamentos e mercadorias em meio a água que invadiu o balneário local.
As fortes e constantes chuvas que tomaram praticamente todos os municípios do sudoeste e interior baiano, provocam estragos nas estruturas de residências e vias urbanas. Não é diferente no Vale do Paramirim, que já registra desabamentos e alagamentos em alguns pontos. Se por um lado o sangramento da Barragem do Zabumbão é motivo de alegria para quem depende dessas águas, por outro lado, cresce também a apreensão por conta da frágil estrutura de uma região que não está preparada para longos e volumosos períodos de chuva. Há informações ainda não confirmadas, de uma possível descarga via comporta da barragem, para limpeza de resíduos, o que aumentará em muito o volume de água no leito do rio.