A notícia que todos temiam, foi divulgada ontem por um dos componentes do CONGEMAS, que ao deixar uma reunião do CNAS, externou a sua indignação com o que chamou de desmonte total de toda a Política de Assistência Social no Brasil. De acordo com Isabel Mota, as notícias são de desalento. “Trago um repasse “bem animador” pra quem acredita que é balbúrdia quando dizemos que a situação nacional da política de assistência social é gravíssima”. Disse ela nas redes sociais.
Assim que deixou a reunião do CNAS, Isabel buscou compartilhar os absurdos que presenciou, no intuito de alertar a todos profissionais e gestores sobre a real situação crítica, que eliminará possibilidades de se tocar os programas já existentes. “Tivemos vários embates nestes 3 dias, dentre os mais calorosos está a recomposição orçamentária. Com relação a esse tema, a coisa se mostrou muito pior do que imaginávamos”. Disse a profissional.
Trocando em miúdos, ela assim detalhou o que entendeu: “O Ministério precisa recompor seu orçamento em R$ 2.300.000,00 (dois bilhões e trezentos milhões de reais) e, de acordo com os interlocutores da pasta, a decisão do governo, foi de enviar nos próximos dias para o Congresso um Projeto de Lei que recompõe o orçamento em apenas R$ 300.000,00 (trezentos milhões de reais)”. Informou a Conselheira Nacional, para que se tenha uma ideia, o valor da recomposição orçamentária, dividido pelos 5.570 municípios brasileiros, isso se fossem em partes iguais, seriam repassados ao longo do ano R$ 53.859, 97.
Em resumo, o SUAS ainda precisa de R$ 1.800.000,00 (Um bilhão e oitocentos milhões) para fechar as contas do ano em curso. Esses valores, seriam utilizados tão somente para pagar os débitos de anos anteriores e assegurar a manutenção de tudo que já existe hoje em funcionamento. Sem esses valores, a previsão é catastrófica de fato. Segundo especialistas, se não houver um recuo no pensamento dos membros do governo, a saída será fechar as portas dos serviços ofertados.
Ao desabafar com nítida angústia, Isabel Mota convocou todos da área a divulgarem a situação, alertando prefeitos e demais gestores, sobre o cenário nebuloso, para que haja uma mobilização junto aos deputados federais e senadores, para usarem toda influencia e conhecimentos, para fazerem incidência política no Congresso Nacional. “Esqueçamos aqui quem votou em quem e vamos nos unir pois sem união seremos “gestores de secretarias vazias e de política nenhuma”. Alertou.
A consolidação de tais metas perversas de um governo insensível, provocará o retorno da fome, da miséria, da desnutrição infantil, o aumento da criminalidade, do desemprego da mendicância, e consequentemente de outras mazelas sociais. É hora de lutarmos! Todo apoio e ação será importante para evitar tamanho caos.