Em entrevista Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, disse que o pescador com fome, de barriga vazia, não consegue pescar.
Em resposta às históricas críticas aos programas assistencialistas do governo, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, afirmou que deve haver sim a preocupação de atender as necessidades básicas de uma população. Fazendo referência à frase “é preciso ensinar a pescar e não dar o peixe”, usada pelos críticos a esses tipo programa, o ministro justificou que é urgente acabar com a fome, por que “de barriga vazia o pescador não pesca”. Em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador nesta terça-feira (12), o titular ainda destacou a diminuição do número de pessoas na miséria no país, que caiu de 33 milhões para 20 milhões em 2023.
“Um dos grandes desafios deste século é a concentração de renda e de riqueza. A gente criou o Sistema Único da Assistência Social (Suas), o Sistema de Segurança Alimentar (Sisan). A gente quer dar o peixe porque de barriga vazia o pescador não pesca. Há a necessidade de atender ao básico, à alimentação”, pontuou. Wellington Dias ainda ressaltou a complementação alimentar nas escolas do Brasil, que segundo ele, permite que mais de 144 mil instituições ofereçam diversas alimentações para estudantes, auxiliando no combate à desnutrição.
Wellington Dias ressaltou ainda o novo levantamento do Instituto Mapa da Fome, divulgado na segunda-feira (11), que apontou uma diminuição do número de pessoas que passam fome no país. Para a pesquisa, foram analisados índices de desemprego e inflação. “Estamos chegando a quem mais precisa. Estamos no caminho correto, de reduzir a miséria. Reduzimos de 17,1% para 7,6% o número de pessoas que estavam na miséria. É uma longa caminhada, um trabalho integrado com os municípios e estados”, afirmou.
Importante para a redução de índices de pobreza e fome, o ministro apontou também que houve um aumento em dois milhões de pessoas empregadas em 2023. Segundo ele, 90% desses trabalhadores são inscritos do Cadastro Único, programa que permite que pessoas baixa renda tenho acesso a programas sociais do Governo Federal. “As pessoas sim querem trabalhar, elas precisam ser orientadas que agora não precisa ter medo de assinar carteira”, concluiu, rebatendo as críticas de que programas como o Bolsa Família desestimula o emprego.