Há pouco mais de um ano, ninguém, pelo menos os moradores de Macaúbas e região, imaginavam, que com a eleição do atual prefeito José João Pereira (Zezinho PSB), apoiado pelo então prefeito Amélio Costa Júnior, hoje no PT, desencadearia tamanha confusão na política local, com acusações, agressões verbais e até tumultos que decepcionaram não somente os filhos da terra, como também os municípios vizinhos.

Motivos são aqueles mesmos conhecidos nas brigas políticas, acusações de traições, sentimento de abandono, mudanças de partido e de posição, enfim, uma coisa muito feia, que repercutiu inclusive em toda a Bahia, tendo como combustível principal, um início de administração considerado péssimo pela maioria da população, que em diversas pesquisas de avaliação de gestão, reprovam de forma histórica a atuação de Zezinho como prefeito.

Como se não bastasse, talvez levado pela emoção ou arrogância, Zezinho foi á rádio e tornou público todo seu rancor e as desavenças com o ex-prefeito Amelinho, afirmando que foi em busca dos vereadores eleitos pelo grupo de oposição, para que dessem sustentação ao seu governo. Certamente, muitos acordos foram fechados em troca desse apoio. E o povo? O eleitor? Onde fica? Nem é lembrado, numa briga que visa o poder pelo poder.

O ex-prefeito por sua vez, que é pré-candidato a deputado estadual, se coloca na condição de vítima e compara todas as suas realizações como prefeito, com o pífio início do atual administrador. Segundo assessores de Amelinho, Macaúbas despencou de um patamar de desenvolvimento contínuo, de uma posição de destaque, para motivo de piada no cenário baiano. Alguns até se perguntam se não teria sido melhor a vitória do empresário Robinson Nunes (Robinho).

Sem se manifestar diretamente, o candidato derrotado Robinho, assiste de camarote a briga entre prefeito e ex-prefeito. Informações de fontes seguras dão conta de que o grupo de oposição permitiu que os vereadores dessem apoio ao prefeito, pelo menos por enquanto, para que essa briga se prolongue até as eleições do ano que vem.

A verdade é que a cidade está estarrecida e revoltada. Muitos eleitores se manifestam com indignação e até indagam: “Não sei agora se sou situação ou oposição, pois votei em um que hoje está com o outro, nossa cidade está parada, obras não correspondem com o nosso município. E agora? De quem é a culpa desse caos total?

Independente da situação política atípica, que certamente não acabará bem, a população deve cobrar é do atual prefeito pelas obras, serviços e melhorias em cada localidade, cobrar pelos benefícios e promessas de campanha. Cabe a ele que recebeu os votos de confiança da maioria da população, realizar os anseios do povo, lutar para manter a ordem e focar suas forças em gerir o município que vive uma crise nunca antes vista.

Não serão mensagens em internet, pequenas reuniões, acordos com lideranças de oposição, perseguições a funcionários (Inclusive que votaram nele) que vão salvar a sua cabeça. Somente uma mudança de postura e trabalho, muito trabalho pelo povo, que irão reverter tamanha rejeição. Do contrário, este caos que se instalou em Macaúbas poderá culminar inclusive com a sua saída prematura. Afinal, é sabido por todos Sr. Prefeito, que todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido.